Benfica e Sporting dividiram hoje os títulos nacionais de clubes de atletismo em pista coberta, em Pombal, de onde os rivais saíram com opiniões diferentes sobre a organização e arbitragem da competição.

Na Expocentro, o Benfica reconquistou o título masculino, somando o seu 11.º cetro, contra 18 dos ‘leões’, e o Sporting o 27.º feminino, num domínio só quebrado em 2010 pelo FC Porto e 1994 pelas ‘águias’, que voltou a não competir neste setor.

“O Benfica leva uma taça igual a muitas outras, mas com um significado muito especial, porque juntámos a juventude com a maturidade. Há uma renovação, mas a mesma atitude competitiva, estivemos muito focados em nós, sem pensar no erro do adversário. Ganhámos por 28 pontos, foram mais do que oito”, afirmou a responsável pela modalidade dos ‘encarnados’.

Em declarações à agência Lusa, Ana Oliveira elogiou a organização e arbitragem do campeonato, salientado que a competição deve ser revista e replicada, a fim de não ocorrer só duas vezes por ano e “proporcionar mais fins de semana de competição como estes”.

“Houve duas situações duvidosas por parte do Sporting e nós não protestámos. Primeiro, porque era estragar um pouco o espetáculo e, depois, porque cada vez mais confiamos nesta equipa profissional de juízes, que estão habituados a validar provas internacionais, que só tinham de fazer o seu papel e fizeram”, vincou Ana Oliveira.

A responsável ‘encarnada’ justificou a desclassificação dos atletas do Sporting na estafeta de 4x400 metros com a tentativa de os ‘verde e brancos’ encerrarem a jornada com uma vitória.

“Ninguém gosta de perder, mas acho que os entusiasmos estavam do lado do Sporting, porque já sabiam que tinham perdido o campeonato e queriam terminar com uma vitória. Não correu da melhor forma para eles”, referiu.

Do lado dos ‘leões’, o responsável pelo atletismo admitiu à Lusa que o clube deve avaliar a participação em competições coletivas masculinas, lamentando a decisão dos juízes e anunciando a ausência da equipa no segundo lugar do pódio.

“Se o Sporting foi desclassificado [na estafeta], é mais uma tristeza. O atleta do Benfica troca de posição, vem para trás do atleta do Sporting e, se o juiz da federação faz o que faz depois da vergonha da prova de marcha de ontem [sábado], vamos ter de repensar qual a seriedade com que estas provas são analisadas”, afirmou Carlos Silva.

Mesmo assim, o responsável ‘leonino’ elogiou o desempenho e os resultados dos seus atletas, generalizando-os no feminino e particularizando no masculino.

“Entrámos numa nova jornada, sem ver o que estava feito. Tínhamos de ir à luta e fomos. Sabíamos que havia umas debilidades, que acabaram, naturalmente, por vir ao de cima. Houve uma atitude espetacular dos atletas, independentemente dos resultados, devo destacar os desempenhos de Carlos Nascimento, Tiago Pereira, Abdel Larrinaga, João Coelho e esta equipa de 4x400 metros, que ficou a 30 centésimos do recorde nacional”, realçou.

O Benfica somou o seu 11.º título masculino, com 98 pontos, mais 28 do que o Sporting, que conquistou o cetro feminino pela 27.ª vez, com 101 pontos, face aos 74 amealhados pelas madeirenses do ACD Jardim da Serra.

O Sporting de Braga completou os pódios da 29.ª Nacionais de clubes em pista coberta, em ambos os casos a 37 pontos dos vencedores.

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