Depois da festa do britânico Mo Farah, sexta-feira, as maiores apostas deste sábado nos Mundiais de atletismo vão para o jamaicano Usain Bolt, em rota para um histórico quarto título nos 100 metros, também no ano da despedida.

No estádio olímpico de Londres, o hectómetro fecha o programa e quase de certeza lá estará Bolt, e para ganhar. Antes ainda, terá de passar pelas meias-finais, correndo na terceira.

Nas 'meias' terá pela frente um dos seus adversários teoricamente mais fortes, o norte-americano Christian Coleman, o homem mais rápido do momento, até agora.

Nas outras séries estão outros dos candidatos a medalhas, como o norte-americano Justin Gatlin, o jamaicano Yohan Blale ou o sul-africano Akani Simbine.

Antes, haverá finais do disco e comprimento, para o setor masculino, e de 10.000 metros, para o feminino, aqui com a presença da portuguesa Salomé Rocha.

Entre as 33 inscritas, ela é a 17.ª melhor, com 32.07,62 de marca de qualificação, mas já assumiu que a sua meta é o recorde pessoal, de 32.05,82.

A etíope impera, com Dera Diba, a mais rápida do ano, Almaz Ayana, recordista mundial, e Tirunesh Dibaba, que procura sexta medalha.

Antes de Salomé, estarão cinco outros portugueses no estádio, entre os quais Tsanko Arnaudov, no peso, e Patrícia Mamona, no triplo, que ninguém espera ver ficar de fora da final.

A qualificação no peso é a 20,75 metros, ou até ao 12.º, se não houver lançadores suficientes a chegar lá. Para o recordista nacional Tsanko Arnaudov (21,56) parece acessível, enquanto Francisco Belo (20,85) terá de estar ao seu melhor.

No triplo, a marca da qualificação, 14,20, é francamente alta e é quase certo que haverá repescagens. De uma forma ou de outra Patrícia Mamona (14,42) deve seguir em frente, enquanto que Susana Costa (14,09) dificilmente o conseguirá.

Lecabela Quaresma compete quatro vezes na jornada - inicia o heptatlo (que só acaba sábado) com as provas de 100 metros barreiras, altura, peso e 200 metros.