A portuguesa Patrícia Mamona garantiu hoje que valia mais do que os 14,42 metros no triplo salto nos Mundiais de atletismo em pista coberta, assegurando que quer levar o “fogo” com que ficou para o ar livre.
“Sei que estava a valer mais e sei que estou a valer mais do que o meu recorde pessoal e sei que estou a valer mais do que deram as medalhas. Agora é focar naquilo que posso fazer e vamos ao verão”, referiu Mamona.
Em Belgrado, a vice-campeão olímpica terminou a final do triplo salto no sexto lugar, numa prova vencida pela venezuelana Yulimar Rojas, com um novo recorde mundial de 15,74, à frente da ucraniana Maryna Bekh-Romanchuk (14,74) e da jamaicana Kimberly Williams (14,59).
“Eu arrisquei, porque sabia que para estar nas medalhas tinha de arriscar. Infelizmente arrisquei um pouco demais. Tive um nulo muito pequeno que dava para as medalhas, mas os nulos não contam. Sinceramente acho que até estava melhor do que o que pensava, porque tenho dificuldades neste tipo de pista. Tenho de meter na cabeça que numa pista levantada ou no chão eu posso saltar muito. Agora tenho mesmo de me focar, não posso fazer nada sobre o que já passou e eu sou uma lutadora, vamos a isso, estou com muito fogo cá dentro para o verão”, afiançou.
Mamona disse que “sabia que ia ser uma competição muito difícil”, assegurando que “isto não é nenhuma derrota, é uma aprendizagem”.
“O melhor que já fiz num Mundial foi um quarto lugar e agora estou ainda com mais fogo para saltar ainda mais. A meio da época já estou a pensar no que realmente interessa, vamos para o verão para dar tudo, se Deus quiser sem percalços, embora tive uma época que começou um pouco tarde, devido a uma lesão, mas isso não é desculpa”, afirmou.
Sobre os Mundiais ao ar livre, em Eugene, nos Estados Unidos, em julho, a campeã europeia ‘indoor’ acredita que “vai ser um Mundial muito apertado em que há muitas atletas que já estão à procura dos 15 metros”, marca que quer repetir.
“Agora tenho de repetir e aproveitar este sentimento de fogo cá dentro e começar a época a bombar”, referiu.
No concurso de hoje, Yulimar Rojas fixou em 15,74 o recorde do mundo do triplo salto, batendo os 15,67 que lhe valeram o ouro em Tóquio2020, em agosto de 2021, e os 15,43 do recorde ‘indoor’, que lhe pertencia desde fevereiro de 2020.
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