Portugal vai ter cinco atletas, entre os quais o vice-campeão mundial João Vieira, a competir nos 35 km marcha dos Campeonatos do Mundo de atletismo, que se disputam em julho em Eugene, Estados Unidos.

O prazo para obtenção de marcas para o Oregon2022 - assim são conhecidos estes campeonatos - terminou no domingo e dos atletas com expetativas de ficar no top-60 do 'ranking' apenas Hélder Santos falha o objetivo.

Há um mês, era o 60.º da lista e 'fechava' o grupo dos que iriam ser repescados, mas agora cai para 64.º e fica dependente de haver desistências entre os que estão mais bem posicionados.

Mesmo com ligeira descida, João Vieira (prata há três anos nos 50 km marcha) é 'tranquilo' 42.º, enquanto o 60.º lugar de Rui Coelho chega 'à tangente', a menos que ainda venham a ser contabilizados resultados relativos ao fim de semana.

Entre as mulheres, a mais bem posicionada é a antiga campeã de 50 km Inês Henriques, que entra em 33.ª, para uma lista também de 60 marchadoras. Mais atrás, Vitória Oliveira é 42.ª e Sandra Silva 60.ª.

Nos 20 km marcha há ainda quase quatro semanas para obtenção de marcas, já que o prazo só fecha em 26 de junho.

Ana Cabecinha, graças aos bons resultados nos Grandes Prémios de Rio Maior e da Madrid, sobe três lugares, para 40.ª, para uma prova também projetada para 60 marchadoras.

Nesta distância não há mais portugueses dentro da zona de apuramento por 'ranking' ou lá perto.

Qualificados por marca (mínimos), estão neste momento Lorene Bazolo (100 e 200 metros), Cátia Azevedo (400 metros), Marta Pen (1.500 metros), Solange Jesus (maratona), Patrícia Mamona (triplo salto), Auriol Dongmo (lançamento do peso) e Liliana Cá (lançamento do disco).

O triunfo nos Ibero-americanos reforçou a posição de Jessica Inchude no peso, passando de 27.ª para 24.ª, pelo que a sua ida aos Mundiais é praticamete certa.

Também por 'ranking' parecem bem encaminhados Elise Veiga (25.ª no comprimento), Irina Rodrigues (26.ª no lançamento do disco), Isaac Nader (42.º nos 1.500 metros), Tiago Pereira (15.º no triplo), Francisco Belo (26.º no peso) e Leandro Ramos (16.º no dardo).

Etson Barros é 48.º nos 3.000 metros obstáculos, três lugares abaixo do limite, mas a sua posição ainda não reflete o excelente recorde pessoal no 'meeting' de Huelva, quarta-feira, pelo que já é certo que vai subir.

Situação totalmente diferente é a do campeão olímpico do triplo, Pedro Pichardo, que aparece com ‘wild card’ por ter sido o primeiro na Diamond League de 2021 - sendo que também tem marca.

Nelson Évora, o campeão europeu em título, chegou a aparecer como qualificado em consequência desse título continental, mas ainda nem sequer competiu esta época e a sua entrada na delegação lusa para Oregon2022 já foi descartada.