Mariya Lasitskene e Danil Lysenko foram hoje os primeiros campeões nos Mundiais de atletismo de Birmingham, Inglaterra, o que vai colocando a 'equipa neutra', dos russos não impedidos de participar por doping, na frente do quadro de medalhas.

Além do salto em altura, o primeiro dia de provas dos campeonatos do mundo de pista coberta só decidiu mais uma prova, os 3.000 metros femininos, com a etíope Genzebe Dibaba a justificar em pleno todo o seu favoritismo.

Em Birmingham, estão somente oito atleas na 'equipa neutra', o que faz com que a taxa de sucesso dos russos 'limpos' chegue já a uns invulgares 25 por cento. E se para Mariya Lasitskene não havia dúvidas, já para Lysenko o ouro é ótimo, já que bate o favorito, o qatari Mutaz Essa Barshim.

Barshim, imbatido no último ano e meio e segundo melhor atleta da história, 'bloqueou' nos 2,33 metros e ficou com a prata. Assistiu à passagem do jovem russo (20 anos) acima dos 2,36 metros.

Para Lysenko, fica uma bela desforra dos mundiais do ano passado, ao ar livre, quando, com 2,32 metros, teve de se 'curvar' ante o campeão Barshim (2,35).

O alemão Mateusz Przybylko foi distante terceiro, com 2,29 metros, tanto quanto o norte-americano Erik Kynard, que teve mais saltos nulos no concurso.

Quanto a Lasistkene, conseguiu a 38.ª vitória consecutiva. Ganha tudo desde 2016 e voltou a ser a única acima dos dois metros, com 2.01. Tentou, sem sucesso, o recorde russo a 2,07.

Chegou para distanciar de forma impressiva as segunda e terceira, que foram a campeã anteior, Vashti Cunningham, dos Estados Unidos, e a italiana Alessia Trost, com 1,93. Também aqui a diferença se fez por número de nulos.

O favoritismo de Lasitskene só era aproximado, hoje, pelo da etíope Genzebe Dibaba, nos 3.000 metros.

A mil metros do fim assumiu a frente da corrida e embalou para o seu terceiro título consecutivo, com 8.45,05 minutos. Ainda voltará ao pavilhão de Birmingham para tentar a 'dobradinha', nos 1.500 metros.

Para o segundo lugar, a holandesa Sifan Hassan (8.45,68) aguentou o forte ataque da escocesa Laura Muir (8.45,78), que assim dá a primeira medalha aos anfitriões.

Ficou claro que Dibaba não deu tudo para um andamento rápido, começando na cola das rivais para só acelerar em três voltas. As eliminatórias de 1.500 metros, já na sexta-feira de manhã, por certo a refrearam.