O treinador da velocista bielorrussa Krystsina Tsimanouskaya, que pediu asilo político em plenos Jogos Olímpicos Tóquio2020, foi acusado, na quinta-feira, de assédio verbal e psicológico pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU).

Em comunicado, o organismo acusou Yuri Maisevich de ter agido de “má-fé” e de não ter protegido a atleta, cometendo “várias ações que configuram comportamentos de assédio verbal e psicológico”.

“A AIU investigou minuciosamente este assunto e considera que existiu uma violação do código de conduta de integridade”, disse o responsável do organismo, Brett Clothier.

Durante os Jogos Olímpicos Tóquio2020, disputados em 2021 devido à pandemia de covid-19, a atleta desentendeu-se com os treinadores e dirigentes, que acusou de terem tentado levá-la à força para a Bielorrússia.

Temendo ir para a prisão se regressasse ao seu país, Tsimanouskaya, conhecida por expressar apoio ao movimento popular contra o regime de Alexander Lukashenko, conseguiu ajuda da polícia japonesa e depois um visto humanitário da Polónia.

Ainda durante os Jogos Tóquio2020, o Comité Olímpico Internacional (COI) expulsou da aldeia olímpica e retirou as acreditações a Yury Maisevich e Artur Shimak, também treinador, pelo papel de ambos na tentativa de repatriação da velocista.