A vitória de Liliana Cá foi a exceção portuguesa na Superliga de atletismo, com vários atletas lusos a ficar aquém das expectativas e com a despromoção à Primeira Liga já 'quase certa', a meio da competição.
Em termos absolutos, a nota mais positiva em Chorzow, com grande destaque, vai para o alemão Johannes Vetter, no lançamento do dardo, de novo a 'ameaçar' o recorde mundial do checo Jan Zelezny, com o terceiro melhor registo de todos os tempos.
Uma das vitórias esperadas entre os portugueses era a de Liliana Cá e a recordista nacional não desiludiu, com um ensaio final a 61,36 metros, mais de dois metros do que a alemã Marike Steinacker.
Em contrapartida, Patrícia Mamona esteve 'irreconhecível' no triplo salto, com o sexto lugar, com 13,89 metros. O mesmo se pode dizer de Francisco Belo, no lançamento do peso, ao ser sexto com 18,88 metros.
Com vários sétimos (e últimos) e sextos lugares - mais do que se perspetivava -, Portugal acabou por 'descolar' cedo da luta pela manutenção na Superliga, que será o sexto lugar.
A Ucrânia, ausente de última hora, devido a vários casos positivos ao novo coronavírus na seleção, já está virtualmente relegada para a Primeira Liga.
No final do primeiro dia, Portugal está com 48,5, pontos, completamente 'perdido' no último lugar, a 32,5 do sexto posto, que é da Espanha, com 81.
Comanda a classificação a Grã-Bretanha, com 95 pontos, mas a luta pelo triunfo final continua intensa, já que a Polónia está com 94,5 e a Alemanha com 93,5. Seguem-se Itália, com 87, e França, com 83,5.
A competição termina no domingo, com a disputa das últimas 21 provas do programa.
O grande momento do dia foram os 96,29 metros de Johannes Vetter no lançamento do dardo, terceira marca de todos os tempos, depois de já ter feito num lançamento anterior de 94,24, sétima marca de sempre.
O campeão mundial de 2017, de 28 anos, está numa forma impressionante, já que em setembro do ano passado lançara a 97,76, segunda marca da história - neste mesmo estádio Silésia, em Chorzow.
O recorde do Mundo, de 98,48, e mesmo a barreira dos 100 metros começam a ser objetivos realistas.
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