Discreto ao anotar 16 pontos, 1 ressalto e 3 roubos de bola, o extremo petrolífero Olímpio Cipriano liderou a sua equipa na terceira vitória (74-71) sobre o 1º de Agosto, na final do campeonato nacional de basquetebol, estando o clube a um passo da consagração.

Em caso de vitória segunda-feira, na quarta partida dos play-off (das sete previstas), a equipa do “Eixo-viário” conquista o 13º título do seu historial.

Saído do banco de suplentes, Cipriano esteve em campo durante 29 minutos e 8 segundos, tendo-se notabilizado com três triplos consecutivos (9 pontos) a meio do segundo período, numa altura em que a sua equipa ia perdendo terreno para o adversário.

Após domínio no período inicial, o qual terminou em vantagem (18-16), a formação orientada por Lazare Adingono permitiu aos militares igualar e passar pela primeira vez para a frente do marcador (18-20) com Gildo Santos a galvanizar os “agostinos”.

Nesta altura do desafio, os militares apresentavam-se mais coesos e assertivos. Gildo efectuou dois triplos, enquanto Mingas, Felizardo Ambrósio e Andre Harris “faturavam” com lances a curta distância aumentando a vantagem, até que Cipriano puxou da experiência e, num ápice, acertou três lançamentos da linha dos 6.75 cm, que permitiram diminuir a desvantagem petrolífera ao intervalo para quatro pontos de diferença (33-37).

O terceiro período foi bastante equilibrado, com as equipas a alternarem na liderança do placar numa diferença de entre dois a três pontos, chegando a registar-se igualdades a 46 e a 50 pontos.

Mas, como Cipriano passou boa parte do tempo no banco de suplentes, eis que surgiu Hermenegildo Bunga, um dos seus principais coadjuvantes, com 14 pontos, dos quais dois triplos em quatro tentativas.

Bastante aplaudido, entre os cerca de sete mil adeptos presentes, Bunga correspondeu com cinco pontos seguidos numa entrada de rompante dos petrolíferos no último período, e ajudou a equipa a alcançar a maior diferença do jogo, oito pontos (62-54), o que obrigou o técnico militar, Paulo Macedo, a solicitar desconto de tempo para travar o ímpeto petrolífero.

A estratégia de Paulo Macedo parece ter resultado, pois o D’Agosto melhorou, sobretudo defensivamente, e, à semelhança do período anterior, o encontro voltou a ganhar contornos de equilíbrio, caracterizado por “ora marcas tu, ora marco eu”, com algumas perdas de bolas de ambos os lados em momentos cruciais.

As equipas ficaram sem pontuar durante cerca de um minuto e quando restavam 42 segundos para o final o placar registava 72-71 favorável ao Petro, que jogava na contenção do tempo de lançamento.

Tal opção obrigou os militares a recorrerem às faltas para levar o adversário à linha de lances livres, o que sucedera com Carlos Morais (segundo melhor marcador da partida com 15 pontos, 9 ressaltos e 2 assistes) e este foi feliz ao converter os dois últimos lances a que teve direito, fixando o resultado em 74-71.

Além de Cipriano (16 pontos), Morais (15) e Bunga (14), contribuíram para o terceiro triunfo dos paly-off Gerson Lukeny (11), Leonel Paulo (8), Kendall Gray (4), Childe Dundão (4) e Aldemiro João (2). Joaquim Pedro não pontuou, tal como Benvindo Quimbamba, que foi expulso ainda no primeiro quarto por agressão a Edson Ndoniema.

O 1º de Agosto teve, uma vez mais, em Emanuel Quezada e Eduardo Mingas a maior esperança, ambos com 13 pontos, seguidos de Islando Manuel, que saiu lesionado no início do último período, com 11 pontos. Tárcio Domingos (9), Armando Costa (8), Felizardo Ambrósio (6), Gildo Santos (6), Andre Harris (4), Edson Ndoniema (1), enquanto Pedro Bastos e Carlos Cabral não pontuaram.

Na partida ajuizada pelo trio António Bernardo, David Manuel e Mbunga Pedro, o Petro de Luanda venceu o primeiro período (18-16) e perdeu o segundo (15-21), saindo para o intervalo em desvantagem de 33-37, mas superou o adversário nos quartos seguintes (20-17) e (21-17) e acabou por ganhar 74-71.