A seleção angolana de basquetebol afigura-se ainda como principal candidata à conquista do Afrobasket2015, apesar de eventuais adversidades a ter em conta na prova que se realiza na Tunísia, de 19 a 30 de agosto.

Detentora do troféu, Angola possui, adicionado a outros valores, um histórico que lhe confere certo favoritismo no torneio, cujo vencedor representará o continente nas próximas olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, Brasil.

Em 18 participações, o país líder do ranking africano e 16º a nível do mundo domina, de longe, a estatística da competição em que se iniciou somente na 10ª edição, em 1980, em Marrocos, e visando dar continuidade aos triunfos a seleção prepara-se, a cerca de um mês, no Reino de Espanha, por sinal terra natal do seu novo técnico, Moncho Lopez.

Com 11 medalhas de ouro, três de prata e duas de bronze, Angola representou o continente nos Jogos Olímpicos de Barcelona92, Atlanta96, Sidney2000, Atenas2004 e Pequim2008, além dos mundiais de 1986 (Espanha), 1990 (Argentina), 1994 (Canadá), 2002 (EUA), 2006 (Japão), 2010 (Turquia) e 2014 (Espanha). Os principais opositores são Senegal (5 ouro), Egito (5) e Tunísia (1), ao passo que a Nigéria nunca conquistou um Afrobasket.

O conjunto angolano, com objetivo único de revalidar o troféu, trabalha com 14 atletas, após ultrapassar problemas para reunir alguns dos seus melhores executantes. O extremo Olímpio Cipriano, do Recreativo do Libolo (32 anos, 1,94cm e 90kg), por lesão, e o poste Yanick Moreira (2,8 cm de altura), a evoluir nos Estados Unidos da América, por razões profissionais, são as principais baixas.

A equipa procura melhor entrosamento e nível competitivo à altura das exigências, tendo somado vitórias em três jogos de controlo com a congénere da Venezuela e duas diante dos sub-18 de Espanha. Prevê ainda participar num torneio com as seleções principais de Polónia, Senegal e Espanha.

Eis o grupo do qual sairão os 12 para a "operação Tunísia": Armando Costa, Hermenegildo Santos, Edmir Lucas, Felizardo Ambrósio, Edson Ndoniema, Reggie Moore e Malik Cissé (1º de Agosto), Braúlio Morais, Carlos Morais, Valdelício Joaquim e Eduardo Mingas (Recrativo Libolo), Leonel Paulo, Roberto Fortes e Domingos Bonifácio (Petro de Luanda). Todos atuam em Angola.

Os angolanos começam a defesa do título diante de Marrocos, seguindo-se Moçambique e Senegal.