Na corrida pelo 13. troféu nacional, o Petro de Luanda deixou escapar a consagração, já esta segunda-feira, do título de basquetebol sénior masculino, ao perder no seu reduto (pavilhão da Cidadela) o quarto jogo dos play-off da final do campeonato, diante do 1º de Agosto, por escassos três pontos de diferença (70-73).

A festa ficou adiada, o champanhe regressou ao "Eixo-viário, mas pode ser aberto, quarta-feira, no campo do D'Agosto.

Carlos Morais (17 pontos), Leonel Paulo (12), Divaldo Bunga (11), Gerson Lukeny (8), Childe Dundão (8) e companheiros permitiram ao adversário reduzir a desvantagem nas séries para 1-3 num encontro em que não tiveram a mesma determinação apresentada nos anteriores e devem regressar, quarta-feira, ao pavilhão Victorino Cunha, onde vão procurar a todo custo obter o ceptro, sob pena de ver a “chama militar” reacender e forçar outras contendas, quiçá chegar a sétima e decisiva partida

Em vantagem de 3-0 nas séries e após ter dominado a primeira parte com os parciais de 21-16 e 22-20, esta segunda-feira, o conjunto tecnicamente orientado pelo camaronês Lazare Adingono viu-se contrariado nos quartos seguintes pela determinação, vontade e, sobretudo, o crer do oponente, apesar de actuar em casa com o apoio dos seus “incansáveis” adeptos, que têm estado em massa a cumprir o papel de “13º jogador”, “empurrando” a equipa à conquista do troféu.

Com um barulho ensurdecedor, a sua claque organizada, trajada de amarelo e azul, normalmente supera o oponente em número, na coreografia, cânticos, gritos, apitos e batuques, dando ao pavilhão verdadeira imagem de festa, mas ainda assim o ambiente não foi aproveitado pelos jogadores para vencer e abrir o champanhe já esta segunda-feira na “catedral” da bola ao cesto.

A ansiedade pela tão almejada “vassourada” (quarta vitória consecutiva) parece ter se apossado dos petrolíferos, pois foram incapazes de gerir os oito pontos de vantagens atingidos (41-33), diferença máxima, numa partida equilibrada cujo último período foi o mais penoso para o clube do “Eixo-viário”.

Com Olímpio Cipriano “apagado” (3 pontos em 26:46 segundos), o poste norte-americano Kendall Gray (guardião dos tampões) e o influente extremo Leonel Paulo condicionados com cinco faltas cada, numa noite em que o “pequeno/grande” base Childe Dundão não teve muito tempo em campo para fazer das suas investidas, o Petro esteve “curto”para correr o suficiente e não ser ultrapassado na marcha do placar, sobretudo na ponta final do encontro.

Com o placar favorável ao intervalo (43-36), o conjunto tricolor foi ultrapassado no terceiro (18-17) e quarto (19-10) períodos e acabou por ser infeliz quando, a segundos do fim, Carlos Morais falhou o último lance da equipa com o placar a assinalar desfavorável 70-71.

O atleta fez numa bandeja, a bola rolou sobre o aro e saiu, tendo o ressalto sobrado para os militares que por intermédio de Andre Harris ampliaram a vantagem, fixando o resultado em 70-73.

O Petro terminou também em desvantagem em seis de oito itens do jogo, pois esteve melhor apenas nos lançamentos de campo com 34.3 por cento de aproveitamento (23 convertidos em 67 tentativas), contra 33.8 por cento do adversário (24/71), assim como na linha dos três pontos com 23.1 por cento (6/26), na qual o D’Agosto fez 14.8 porcento (4/27).

O 1ºde Agosto levou a melhor nos lançamentos de dois pontos com 45.5 por cento, correspondente a 20 convertidos em 44 tentativas, contra 17/41 (41.5%); nos lances livres 21/30 (70%), o Petro fez 18/28 (64.3%); nos ressaltos com 51, mais dois que o adversário (49); nas assistências 12, contra 10; nos roubos de bola (14/8) e perdeu menos bolas (17/21).

A eliminatória transfere-se, quarta-feira, para o pavilhão Victorino Cunha, onde Adingono e comandados ganharam os dois primeiros encontros, por 89-84 e 77-65.

Em três possíveis jogos que restam, o Petro necessita apenas de uma vitória para destronar o D’Agosto e obter o 13º título nacional no seu historial. Os militares têm 19 campeonatos nacionais ganhos.