O camaronês Lazare Adingono pode deixar de ser treinador da equipa de basquetebol do Petro de Luanda caso se mantenha o diferendo entre as partes, com o técnico a "exigir" a renovação do contrato por duas épocas, enquanto o clube propõe apenas uma.

O “braço de ferro” persiste apesar do longo tempo de negociação entre a colectividade, liderada por Tomás Faria, e o treinador, cujo contrato termina terça-feira (30).

Sábado, após a Assembleia-geral extraordinária de sócios, realizada em Luanda, o vice-presidente para o basquetebol, Artur Barros, anunciou o facto à Angop, referindo que a prevalecer a situação existe uma lista de candidatos nacionais e estrangeiros.

O responsável disse ser intenção manter o treinador na equipa para a manutenção dos objectivos preconizados, mas caso não haja entendimento nada mais tem a fazer se não lamentar a situação.

Referiu que, além da ideia de garantir o concurso de Adingono, trabalha-se igualmente na renovação com os principais activos da equipa, garantindo que alguns estão já confirmados, numa altura em que se procura por dois reforços norte-americanos.

Comedido nas palavras, evitou citar nomes, mas manteve-se em silêncio quando se lhe colocou a questão sobre a manutenção de Carlos Morais, Olímpio Cipriano e Leonel Paulo, três atletas dos mais influentes no campeão nacional.

Desde 2012 ao serviço do Petro, Lazare Adingono conquistou dois campeonatos nacionais (2015 e 2019), duas Taças de Angola (2013 e 2014) e uma Taça de África dos Clubes Campeões (2015).

O seu trabalho também é apreciado na perspectiva da integração de jovens atletas na equipa principal, alguns atingiram já estatuto entre as referências, como os casos de Gerson Lukeny, Childe Dundão e Quinzinho.