O presidente da Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG) manifestou-se hoje contra a necessidade da realização de uma prova de perícia para determinar quais os militares motociclistas que podem fazer a segurança na Volta Portugal em bicicleta.

Em declarações à Lusa, José Alho disse não compreender a necessidade, exigida pelo Comando, de uma “prova de destreza na condução de motociclos, contornando cones e obstáculos, para aferir a capacidade do militar”, considerando que isso “não é sinónimo de ser um bom motociclista”.

José Alho explicou que desde 1970 existe a Brigada de Trânsito e, embora tenha acabado em 2009 com este nome, os militares ficaram na mesma função e desde sempre, cada guarda da unidade de trânsito ou destacamento territorial poderia fazer uma Volta a Portugal.

“Uma das maiores alegrias que muitos militares têm é poder fazer uma Volta a Portugal em Bicicleta, sendo que muitos veem aqueles 17 dias de Volta como o máximo da carreira a nível de satisfação”, disse José Alho.

Para que todos possam fazer este serviço, o presidente da ASPIG avança que durante décadas houve uma escala entre os militares motociclistas, que tinha em conta a destreza, a antiguidade e expêriencia, para que “uma vez na vida” pudessem acompanhar o evento.

“Tais critérios sempre foram aceites como os mais adequados a permitir que quase todos os militares, durante a sua carreira, tivessem a possibilidade de integrar tal destacamento sem que a ‘regra da antiguidade’ fosse, de forma injusta, afastada”, explicou.

No entanto, José Alho considera que agora, a prova de perícia em vigor, “exclui o critério da antiguidade, bem, como o tradicional desiderato de muitos militaras em fazerem parte do Destacamento eventual da volta a Portugal em bicicleta, para além de levantar suspeições sobre os seus verdadeiros propósitos”.

Como tal, o presidente da ASPIG considera que a tradicional metodologia da nomeação dos militares para o evento é a mais justa pelo que apela à eliminação da prova de perícia, sob pena desta vir a criar elevada desmotivação entre os militares e, consequentemente, em nada contribuir para a sã camaradagem e disciplina, pilares fundamentais numa instituição de natureza militar.

A agência Lusa pediu um esclarecimento ao Comando-Geral da GNR, mas até ao momento ainda não obteve resposta.

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