O italiano Fabio Aru (Astana) revelou hoje que o seu provável êxito na Volta a Espanha em Espanha se ficou a dever ao ataque “longe da meta”, inspirado na filosofia do seu ídolo, Alberto Contador (Tinkoff-Saxo).
“O meu ídolo é Alberto Contador e, como ele faz às vezes, tentei atacar ainda longe da meta. Ele provou que há sempre que atacar, nem que seja ainda longe. Todos na equipa estávamos muito motivados. O meu amigo Tiralongo (Astana) animou-me para atacar”, contou, após recuperar a camisola vermelha, de líder.
Quando a vantagem do holandês Tom Dumoulin (Giant-Alpecin) parecia definitiva, com sinal de pujança que sexta-feira o fez ganhar três segundos a Aru, cifrando-se em seis segundos, a Astana realizou um trabalho notável que levou o seu líder à quase certa consagração, enquanto Dumoulin ‘caiu’ ao não conseguir responder ao ataque na subida a La Morcuera.
“Nesse momento notámos Dumoulin cansado, certamente pelo contrarrelógio. Esse foi um momento muito importante, pois conseguimos uma diferença muito grande. Esteve aí a chave da etapa”, vincou.
A ‘queda’ de Dumoulin foi tal nos 175,8 quilómetros da penúltima etapa da Vuelta, entre San Lorenzo de El Escorial e Cercedilla, que acabou por descer para o sexto posto, agora a 3.46 minutos do italiano.
“Dumoulin demonstrou que é um grande corredor e que em breve vai lugar pelas grandes voltas. É muito completo, tanto no contrarrelógio como nas subidas. Felicito-o e a todos os que lutaram pelo triunfo nesta Volta a Espanha”, concluiu Aru, que no domingo deverá ser consagrado como vencedor da Vuelta, em Madrid.
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