Cândido Barbosa prometeu hoje a edição mais competitiva dos últimos anos da Volta ao Algarve em bicicleta, indicando que teve o cuidado de desenhar um trajeto que permitirá às equipas portuguesas ombrear com as internacionais.

"Desenhei uma volta o mais equilibrada possível, porque o pelotão, ano a ano, tem trazido a nata do ciclismo mundial. Temos de ter em conta isso, mas não nos podemos esquecer as equipas portuguesas e daí a minha opção", explicou o diretor da prova na conferência de imprensa de apresentação da 40.ª edição da "Algarvia".

Cândido Barbosa mostrou-se confiante que a Volta ao Algarve, que estará na estrada entre 19 e 23 de fevereiro, com um pelotão de 168 ciclistas, entre os quais os dois campeões do mundo em título (Rui Costa e o alemão Tony Martin), será "a mais competitiva dos últimos anos".

Para isso, os 690 quilómetros desta edição arrancam em Faro, para uma primeira etapa de 160 quilómetros, com o já tradicional final em Albufeira, que este ano contempla duas passagens na meta para que os ciclistas possam conhecer a chegada antes da mesma.

Segundo o diretor da prova, a segunda etapa, que liga Lagoa a Monchique, na distância de 196 quilómetros, tem como objetivo preparar alguns dos ciclistas para as clássicas.

"Tem uma parte final difícil que pode fazer a primeira diferença", acrescentou.

Já a terceira etapa prevê "um contrarrelógio relativamente curto", de 13,6 quilómetros entre Vila do Bispo e Sagres, "à imagem de uma corrida de início da época", para que os ciclistas menos aptos para a especialidade possam ter um dia de descanso no meio da prova.

"Quis alterar por uma questão de enquadrar isto não à minha imagem, porque eu fui um ‘sprinter’, mas à da realidade. Com um contrarrelógio de 30 quilómetros no último dia estamos a dar hipótese de só um contrarrelogista poder ganhar a Volta ao Algarve", esclareceu Cândido Barbosa.

O objetivo é "amarrar a corrida até ao último dia", evitando que quem estiver atrasado antes da quarta etapa, que termina depois de 164,5 quilómetros desde Almodôvar no Alto do Malhão, vá para casa.

O ideal, para o diretor da prova, seria mesmo que primeiro e segundo estivessem separados por segundos na última etapa, que liga Tavira e Vilamoura, na distância de 155,8 quilómetros, para que o vencedor fosse discutido nas metas volantes do último dia.

Com este percurso, Cândido Barbosa não tem dúvidas: "O maior candidato chama-se Rui Costa".

Além do campeão do mundo português, a 40.ª Volta ao Algarve já tem confirmada a presença do vencedor em título, o campeão do mundo de contrarrelógio Tony Martin, do espanhol Alberto Contador ou do vencedor da Vuelta2013, o norte-americano Chris Horner.