O português Nelson Oliveira disse esta quarta-feira à agência Lusa estar "orgulhoso" com o quinto lugar conseguido no contrarrelógio de elite dos Mundiais de estrada, que decorrem na cidade austríaca de Innsbruck.
"Eu já sabia que melhorar o ano passado [foi quarto] seria muito difícil, todos nós sabemos o difícil que é ter uma medalha no campeonato do mundo. Dei o meu melhor e tenho a reconhecer que os outros eram melhores que eu, mas estou orgulhoso do que consegui", afirmou o corredor natural de Anadia.
A prova foi ganha com autoridade pelo australiano Rohan Dennis, o principal favorito, com o campeão de 2017, o holandês Tom Dumoulin, em segundo lugar, à frente do campeão europeu, o belga Victor Campanaerts, que ficou com o bronze.
Olhando para adversários que estiveram "noutro nível", Oliveira confessou ter ficado surpreendido com "a diferença muito grande para um antigo campeão do mundo", numa prova em que Dennis, que já tinha vencido os dois 'cronos' da Volta a Espanha, "era claramente o melhor".
Depois de chegar em boa forma à prova, fruto da participação na Vuelta, em que conseguiu entrar no top 10' nos dois contrarrelógios individuais, o ciclista da Movistar reconheceu que a subida de Gnadenwald, um dos pesadelos de muitos participantes, o favoreceu "bastante". "Sabia que a primeira parte não era tanto para mim e mais para outro, mais pesados e melhores roladores, mas na subida podia ganhar esse tempo", explicou.
Por seu lado, o bicampeão português de contrarrelógio, Domingos Gonçalves, conseguiu o 41.º lugar e admitiu que os Mundiais são "outra realidade". "Os adversários têm um ritmo que, de momento, não está ao meu alcance. Senti falta de ritmo e acusei um pouco nunca ter feito um contrarrelógio tão extenso. A seguir à subida, comecei a ter cãibras", explicou o corredor natural de Barcelos.
No domingo, Nelson Oliveira junta-se ao campeão mundial de 2013, Rui Costa, a Rúben Guerreiro e Tiago Machado para a prova de fundo, enquanto Domingos Gonçalves foi convocado exclusivamente para correr o 'crono'.
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