Os candidatos à vitória na 100.ª Volta a França em bicicleta coincidiram, este sábado, nos elogios ao trabalho realizado pela Sky na oitava etapa, que permitiu ao britânico Chris Froome cumprir o sonho de vestir a camisola amarela.

«É um sonho estar de amarelo. Ter o Richie Porte na segunda posição é algo incrível para a primeira etapa de montanha. Falta muito tempo para o final, mas estamos contentes com o que fizemos», assegurou Froome, para quem não há nada que se compare a ser líder do Tour. 

O vice-campeão da Volta a França de 2012 garantiu que o ataque em Ax 3 Domaines não estava planeado e só aconteceu porque reparou que os outros favoritos tinham dificuldade em seguir a roda do duo da Sky. 

«Quando fiquei sozinho, decidi impor um ritmo elevado para conseguir a máxima diferença possível», explicou. 

Um dos rivais que mais sofreu foi Alberto Contador, vencedor do Tour em 2007 e 2009, que confessou que a velocidade imposta no final da etapa foi muito alta e que não se sentiu bem para seguir Froome. 

«Espero que tenha sido só um dia mau e que amanhã esteja melhor. Hoje só me resta agradecer ao Kreuziger o trabalho que fez ao meu lado», disse o espanhol da Saxo-Tinkoff.

Já o vencedor da edição de 2010, Andy Schleck, que perdeu 03.34 minutos, preferiu recordar que não era um dos favoritos e que oitava etapa foi apenas a primeira na montanha.

«Tratei de encontrar o meu ritmo, porque estavam a subir muito depressa, e mantê-lo até ao final. Amanhã [domingo] será outro dia”, justificou o luxemburguês da RadioShack, que não ficou surpreendido com a má prestação de Contador: “O Alberto é forte, mas sofre com o calor e as alergias. Surpreendeu-me mais o Froome».

Mais satisfeito com o desempenho na etapa estava o terceiro classificado, o espanhol Alejandro Valverde (Movistar), que elogiou a prestação do vencedor da etapa.

«Froome era o favorito e demonstrou-o. Está imparável. O ritmo da Sky era impossível de seguir», concluiu.