De Bondt, que se estreou a ganhar em grandes Voltas aos 30 anos, integrou a fuga do dia e venceu os companheiros dessa tentativa no final dos 157 quilómetros entre Borgo Valsugana e Treviso, cumpridos em 3:21.51 horas, à frente do italiano Edoardo Affini (Jumbo-Visma), segundo, e do dinamarquês Magnus Cort (EF Education-Easy Post), terceiro.
O pelotão chegou a 14 segundos, com o camisola rosa, o equatoriano Richard Carapaz (INEOS), a manter três segundos de vantagem para o australiano Jai Hindley (BORA-hansgrohe), segundo classificado da geral.
O espanhol Mikel Landa (Bahrain-Victorious) é terceiro, a 1.05 minutos, em dia de abandono de João Almeida, positivo à covid-19, quando era quarto, não tendo alinhado à partida.
Com um raro dia sem alta montanha na última semana do Giro, os ‘sprinters’ teriam de colocar as equipas a trabalhar melhor do que a fuga do dia, que rapidamente se formou, com o trio que ocupou o pódio e ainda Davide Gabburo (Bardiani-CSF-Faizanè), o quarto na meta.
E, por 14 segundos, vingaram, com os velocistas a chegarem tarde à festa, ‘consolados’ com os lugares abaixo do pódio e poucos pontos em disputa: o francês Arnaud Démare (Groupama-FDJ), líder destacado dessa tabela, ficou no sexto lugar.
“Não consigo acreditar, era um sonho. Desde que comecei a correr que transformei os meus sonhos em objetivos. Fui campeão da Bélgica, queria correr uma grande Volta. Comecei a sonhar com ganhar uma etapa aqui, este ano, e agora consegui. É incrível”, explicou De Bondt, depois de cortar a meta.
O ciclista consegue o primeiro triunfo no circuito WorldTour e gabou a colaboração entre o quarteto de fugitivos. Perante o “perigoso” Affini, a pressão “estava sobre Magnus Cort, o mais rápido e com maior palmarés”, mas a vitória ficou para o belga.
De resto, apenas um ‘susto’ de Hindley, já dentro dos últimos três quilómetros, neutralizando uma perda de tempo, animou a chegada no grupo principal, mas a avaria mecânica não levou a alterações.
De resto, a única mudança nos primeiros lugares foi mesmo provocada pelo abandono de João Almeida, cuja covid-19 o impediu de consumar a vitória na tabela da juventude e ainda de lutar pelo pódio.
Os três primeiros lugares estão agora mais consolidados, com o quarto, o italiano Vincenzo Nibali (Astana), já a 5.48 minutos dos três primeiros.
O novo líder da classificação da juventude, o antigo ‘maglia rosa’ espanhol Juan Pedro López (Trek-Segafredo), fecha o ‘top 10’, a mais de 15 minutos.
Sobram dois portugueses em prova, ambos da UAE Emirates, com Rui Costa na 42.ª posição, após ser hoje 132.º, e Rui Oliveira em 145.º, depois de cortar a meta em 68.º.
Na sexta-feira, a 19.ª de 21 etapas liga Marano Lagunare ao Santuário de Castelmonte em 178 quilómetros marcados pela alta montanha, com chegada em alto.
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