O ciclista espanhol Gustavo Veloso (W52-FC Porto) reconheceu à Lusa que a pressão de liderar a equipa nos últimos cinco anos pesou no seu colapso na nona etapa, assumindo que, simplesmente, teve um dia mau.
“Há dias bons e maus. Tive azar de ter um dia mau hoje, mas a vida continua”, começou por dizer à agência Lusa o vencedor das Voltas de 2014 e 2015, que hoje perdeu 41.49 minutos para o vencedor na Guarda, Amaro Antunes, e para o camisola amarela, Raúl Alarcón, ambos seus colegas de equipa.
A um dia do fim da 79.ª edição da Volta a Portugal, Gustavo Veloso assumiu que a pressão de lutar pela vitória da geral pelo quinto ano consecutivo foi pesando animicamente, etapa após etapa.
“Não é fácil liderar uma equipa sem ser o líder da corrida, ‘levar’ com a pressão para retirar a pressão a outros, pensar na equipa sempre antes dos objetivos pessoais. No final, tudo isso pesa e já são cinco anos seguidos com essa pressão. Tudo afeta, sou humano e hoje perdi a Volta a Portugal”, lamentou o galego, de 37 anos.
Veloso, que, além das duas vitórias, foi vice-campeão da prova em 2013 e 2016, quis ainda agradecer o respeito e o carinho demonstrado por adeptos e adversários durante a nona e penúltima etapa.
Na terça-feira, a Volta a Portugal termina com um contrarrelógio individual de 20,3 quilómetros, em Viseu, para o qual Raúl Alarcón parte com 28 segundos de avanço sobre Amaro Antunes e com a vitória final praticamente garantida, já que os rivais mais próximos ficaram hoje a mais de cinco minutos na geral
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