Joaquim Gomes, diretor da Volta a Portugal em bicicleta, confessou esta terça-feira que a sua preferência para vencer a prova recai num português e apontou os nomes de Hugo Sabido, Rui Sousa e Hernâni Broco como os seus favoritos pessoais.
«Eu permito-me a apontar dois, três corredores portugueses. Teoricamente, o Hugo Sabido parece-me o corredor que, num misto de experiência, categoria – até pelos resultados que tem tido nos últimos anos -, legitimamente, pode ser apontado como o principal favorito», começou por dizer à agência Lusa.
Além do vice-campeão da Volta a Portugal de 2012, Joaquim Gomes identificou outros dos insubstituíveis na lista de candidatos: «Há um homem que muito admiro, até por ser um dos últimos corredores que eu tive como contemporâneos, que é o Rui Sousa. Tem tido também excelentes desempenhos e, muitas vezes, tem conseguido terminar no pódio da Volta a Portugal a trabalhar para líderes incontestados dentro da sua própria equipa».
O diretor da prova assumiu que gostaria de ver Sousa brilhar, «até porque vai ser uma das suas últimas oportunidades».
«E depois, há alguns corredores, que não têm tido uma regularidade que se exige a corredores voltistas, mas têm tido pontualmente excelentes desempenhos. Posso colocar no vértice deste elenco, por exemplo o Hernâni Broco. É um excelente contrarrelogista, que se defende muito bem na montanha e tem conseguido vitórias em alguns locais míticos», relembrou.
Para o antigo ciclista, a Volta a Portugal, apesar dos seus 75 anos, é «um evento que se descobre em cada ano e todos os anos nos revela surpresas».
«Eu acredito que esta é, particularmente, uma das Voltas que pode empurrar definitivamente para a ribalta alguns dos nossos mais jovens praticantes que, no fundo, vão assegurar o futuro desta modalidade», completou.
Para isso, muito contribuiu a opção da organização de apostar em equipas com o mesmo nível das formações nacionais.
«Seria completamente ridículo para a Volta a Portugal colocar em competição direta equipas com orçamentos de sete, oito milhões de euros, com as equipas nacionais, com as suas dificuldades e os seus orçamentos de cerca de 300 mil euros», explicou.
Perspetivando uma luta «muito mais aberta», Joaquim Gomes revelou que o importante para a organização seria chegar ao contrarrelógio ainda com uma incógnita em relação ao vencedor final.
«Seria muito importante ter três ou quatro mudanças na liderança e que a vitória pudesse passar por um destes três corredores», disse no dia da apresentação oficial das equipas da 75.ª Volta a Portugal, que vai para a estrada esta quarta-feira.
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