A 16.ª etapa da Volta a Itália foi encurtada devido ao mau tempo, após organizadores e ciclistas, que protestaram o protocolo da organização, terem acordado um novo percurso de 121 quilómetros.
Segundo um comunicado da organização, a 16.ª tirada do Giro terá na mesma o arranque simbólico em Livigno, mantendo as formalidades habituais deste momento, com os ciclistas a percorrerem o túnel Munt Raschera em “parada”, com a corrida neutralizada.
“O arranque real será em Prato allo Stelvio, como no contrarrelógio”, pode ler-se na nota.
Os ciclistas chegarão a Prato allo Stelvio de carro, ao que tudo indica, para uma partida real, já perto das 14:00 (13:00 em Lisboa), tendo sido colocada de parte, devido às piores condições meteorológicas, a possibilidade de se correr na mesma a subida a Giogo di Santa Maria e ali trocar de roupa.
Assim, a Comissão de Meteorologia Extrema ativou o protocolo para decidir as novas condições de competição, com um acordo entre a organização e a comissão de ciclistas, a CPA, que tinha advogado o encurtamento da etapa e criticado a possibilidade de troca de roupa.
Teve forte oposição do presidente da CPA, Adam Hansen, hoje de manhã, e o australiano Ben O’Connor (Decathlon-AG2R La Mondiale), quarto à geral, criticou a organização por ter “dinossauros que não vêm o lado humano das coisas”.
Ciclistas e organização tinham passado a manhã a debater o caminho a seguir para a etapa, depois de já o terem feito na segunda-feira, dia de descanso, decidindo-se pelo encurtamento e não por esta paragem no topo do Giogo di Santa Maria, um dos cumes desta edição a 2.498 metros de altitude, para os ciclistas mudarem de roupa.
A etapa teria 206 quilómetros, entre Livigno, onde de momento neva, e Santa Cristina Valgardena, no Monte Pana, mas já tinha sido intervencionada pela organização, que removeu o ‘lendário’ Stelvio, subida habitual da ‘corsa rosa’ em que há risco de avalanche, perdendo agora novo ‘cume’ decisivo.
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