O ciclista colombiano Miguel Ángel López (Astana) venceu hoje a 11.ª etapa da Volta a Espanha, com o britânico Chris Froome (Sky), segundo, a reforçar a liderança da geral individual.
O colombiano, de 23 anos, cumpriu a tirada de 187,5 quilómetros, entre Lorca e o observatório astronómico de Calar Alto, em 05:05.09 horas, 14 segundos a menos do que Froome, que ganhou tempo a todos os adversários pela vitória final, e do que o italiano Vincenzo Nibali (Bahrain Mérida), terceiro.
“É a minha primeira grande vitória, e agora o que espero é poder continuar a progressão que tenho tido”, manifestou o corredor no final da tirada, que classificou como “muito dura”, pela chuva e pelas subidas do fim, onde confessou ter “preferido esperar até ao último quilómetro para lançar o ataque”.
López, que é apelidado de ‘super homem’, desferiu um ataque dentro do último quilómetro, que deixou Nibali e Froome para trás, conseguindo a mais importante vitória da carreira, na qual já tinha conseguido vencer a Volta a França do Futuro, em 2014, e a Volta à Suíça, em 2016.
Logo a seguir chegou Froome, que, apesar de ter ‘sofrido’ mais do que nas etapas anteriores, conseguiu ganhar seis segundos de bonificação a Nibali, que fechou o pódio e subiu a segundo a 1.19 minutos, e vários segundos aos restantes adversários diretos, como o colombiano Esteban Chaves (Orica-Scott), que caiu para terceiro, a 2.33 minutos do líder.
Também o irlandês Nicolas Roche (BMC) claudicou na etapa, caindo para fora do ‘top 10’, enquanto o espanhol Alberto Contador (Trek-Segrafedo) reentrou para o nono posto.
Num dia de grandes mudanças na geral, também o holandés Wilco Kelderman (Sunweb), agora quinto, e o vencedor da tirada, décimo, subiram ao ‘top 10’, com o britânico Adam Yates (Orica-Scott), 20.º, Roche e o norte-americano Tejay Van Garderen (BMC), 12.º, a cederem terreno.
Sob a forte chuva que caía sobre a tirada do dia, e com a ‘ameaça’ das duas subidas de primeira categoria a caminho da chegada, 14 corredores criaram distância para o pelotão ao fim de 55 quilómetros.
Entre os fugitivos rolava o espanhol Igor Anton (Dimension Data), que já tinha vencido em Calar Alto em 2006, e o francês Romain Bardet (AG2R), que foi o mais combativo do dia e acabou por só ser apanhado no interior dos últimos 10 quilómetros, quando já era acompanhado pelo colombiano Darwin Atapuma (UAE Emirates).
Nibali tentou abalar o pelotão, fazendo com que vários candidatos, entre eles o italiano Fabio Aru (Astana) e o espanhol David de la Cruz (Quick-Step Floors), além de Chaves, perdessem o contacto, enquanto Contador, Kelderman, Bardet e Zakarin se mantinham junto a Froome.
No final, e mesmo que o italiano, vencedor da ‘Vuelta’ em 2010, tenha procurado ganhar tempo a todos, foi mesmo o ataque ‘devastador’ de López a levar a melhor, com Froome a conseguir ser segundo e ganhar tempo a todos os outros.
O melhor português na tirada foi Nelson Oliveira (Movistar), que surgiu em 38.º, a 11.58 minutos do vencedor, subindo uma posição na geral, para 25.º, a 26.47 minutos de Froome.
Já Rui Costa (UAE Emirates), que admitiu na terça-feira ter mudado o foco na ‘Vuelta’ para conquistar uma etapa ao entrar em fugas, concluiu o dia em 90.º, caindo 10 posições na geral, para 38.º, enquanto Ricardo Vilela (Manzana Postobon) segue em 50.º na geral depois de ter sido 61.º, com Rafael Reis (Caja Rural-Seguros RGA) a ter um dia sofrido.
Na quinta-feira, os ciclistas enfrentam os 160,1 quilómetros entre Motril e Antequera, numa etapa com uma contagem de montanha de primeira categoria e uma outra de segunda a testarem o pelotão.
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