Giacomo Nizzolo conquistou hoje o título de campeão da Europa de ciclismo de fundo, assegurando a terceira vitória seguida à Itália, na cidade francesa de Plouay, onde Rui Oliveira terminou no 14.º lugar.

Nizzolo, da NTT, sucedeu no historial da competição aos compatriotas Elia Viviani e Matteo Trentin, impondo-se ao ‘sprint' no final dos 177,45 da prova de fundo dos Europeus de ciclismo de estrada, com o tempo de 4:12.23 horas.

O italiano bateu o francês Arnaud Démare, segundo classificado, e o alemão Pascal Ackermann, terceiro, numa chegada discutida também pelo holandês Mathieu van der Poel, quarto, e na qual se tentou intrometer Rui Oliveira, que terminou no 14.º posto.

O primeiro corredor luso a cruzar a meta gastou o mesmo tempo dos vencedores, enquanto Rui Costa, que, a 2,2 quilómetros do fim, ainda tentou seguir a roda de Thomas Pidcock quando o britânico se tentava isolar, terminou na 29.ª posição, gastando mais três segundos do que Nizzolo.

Rúben Guerreiro e Ivo Oliveira também chegaram no primeiro grupo perseguidor, a três segundos, nas 41.ª e 60.ª posições, respetivamente, enquanto Rafael Silva e Rafael Reis concluíram as 13 voltas ao percurso citadino da prova nos 80.º e 87.º postos, a 8.25 minutos.

Depois de escapar a quedas durante a primeira metade da corrida, a seleção portuguesa foi controlando a corrida, com os irmãos Oliveira a ‘vigiar’ as fugas, antes de Rúben Guerreiro se isolar na frente da prova, na qual seguiu cerca de duas voltas ao circuito em Plouay.

Mais tarde, Rui Costa teve problemas mecânicos, no selim da bicicleta, e a equipa não pôde continuar a selecionar o pelotão, acabando por tentar um ataque, pelo campeão do mundo em 2013, a quase dois quilómetros da meta.

Gorada a tentativa, que o selecionador José Poeira justificou como sendo "para desgastar os adversários", a disputa ao ‘sprint' acabou por colocar Rui Oliveira, que admitiu já chegar ao final "um pouco fatigado mas bem posicionado", no 14.º posto.

"Foi das melhores exibições que fizemos enquanto Seleção Nacional. Estivemos sempre na frente, ajudando-nos mutuamente, todos a um nível excelente. [...] Ia, certamente, para um ‘top 10’, mas fui um pouco apertado por um ciclista da República Checa. Tive de travar e perdi posições. Melhorei o resultado do ano passado, mas queria mais", explicou Rui Oliveira, citado em comunicado da Federação Portuguesa de Ciclismo.

Na quinta-feira, os sub-23 masculinos enfrentam a corrida de 136,6 quilómetros, 10 voltas ao circuito, com Afonso Silva, Guilherme Mota, Miguel Salgueiro e Pedro Miguel Lopes a vestirem as cores lusas.