O português Rui Costa, campeão do mundo de ciclismo, evitou hoje fazer prognósticos para a próxima Volta a França, rejeitando assumir-se como candidato ao pódio no seu primeiro ano como líder da Lampre-Merida.
Um candidatura ao pódio do próximo Tour é coisa de que o poveiro, que surge mais sorridente, mais confiante, e até divertido – “Se esta boina chegasse já nem ia a França” -, nem quer ouvir falar, uma atitude na qual é apoiado pela sua formação.
“Eu acho que da parte da equipa ninguém põe pressão a ninguém. Eles sabem bem aquilo com que ambiciono e, talvez por isso, não me pressionam a nada. Vai ser um Tour diferente, é a primeira vez que vou liderar uma equipa, por isso é que acabo por dizer que vamos ver como corre”, contou o ciclista de 27 anos.
Genuinamente feliz por estar em Portugal, o poveiro assumiu que muita coisa mudou nele desde que assinou pela Lampre-Merida, desde o equipamento com que corre até ao staff e companheiros.
Mas há momentos em que as mudanças são para melhor, como o próprio reconhece: “É o primeiro ano que estou com um português na equipa”.
Nélson Oliveira é o companheiro nacional e alia o facto de ser um corredor “muito tranquilo” às qualidades de ciclista.
“E é sempre bom ter um português, poder falar a nossa língua. Nos anos anteriores tinha sempre de falar em espanhol – o que até foi bom para aprender”, revelou.
Numa conferência de imprensa, no hotel Marina de Vilamoura, que reuniu imprensa portuguesa e estrangeira, numa expectativa só vista na presença pós-castigo do espanhol Alberto Contador, vencedor do Tour 2007 e 2009, Rui Costa negou ter tido qualquer contacto com Fernando Alonso.
“Da minha parte não houve nenhuma conversa com o Alonso. Se ele sonhou foi ele, não fui eu”, brincou, referindo-se aos rumores que o dão como certo na equipa que o piloto de Fórmula 1 vai criar para 2015.
O ciclista da Lampre-Merida vai “passear” a camisola de campeão do mundo entre Faro e Vilamoura, de quarta-feira a domingo, na 40.ª Volta ao Algarve.
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