O britânico Chris Froome, quatro vezes vencedor da Volta a França em bicicleta, ficou hoje de fora da equipa Israel-Premier Tech para a edição de 2023 da corrida gaulesa, a disputar entre 01 e 23 de julho.
Froome, de 38 anos, vencedor da corrida em 2013, 2015, 2016 e 2017, ficou fora dos ‘eleitos’, depois de ter cumprido um estágio em altitude tendo em vista a presença no Tour, após ter recuperado de uma lesão num tendão.
"Estou, obviamente, desapontado com esta decisão. O Tour ocupa um lugar incrivelmente especial no meu coração", lamentou o britânico, em declarações reproduzidas pelo site GCN, anunciando a intenção de "voltar ao Tour em 2024".
Froome, desde o acidente sofrido no Critério do Dauphiné em 2019, quando fraturou um fémur, o cotovelo direito e várias costelas, nunca mais retomou o nível competitivo anterior.
O britânico conta 10 presenças no Tour, com um 133.º posto em 2021 e a desistência no ano passado, devido ao diagnóstico de covid-19, depois do terceiro lugar no Alpe d'Huez, tendo subido ao pódio em duas ocasiões, com o segundo posto em 2012 e o terceiro em 2018, além das quatro vezes que venceu.
Este ano protagonizou uma temporada modesta, com presenças discretas no Tour Down Under, na Volta ao Ruanda, na Volta à Romandia e, mais recentemente, na La Route d’Occitanie.
O canadiano Michael Woods venceu essa prova, que terminou no passado dia 18, e é um dos oito escolhidos da equipa israelita para o Tour, juntamente com os seus compatriotas Guillaume Boivin e Hugo Houle.
Os australianos Simon Clarke e Nick Schultz, o neozelandês Corbin Strong, o belga Dylan Teuns e o letão Krists Neilands completam o elenco de oito corredores da Israel-Premier Tech.
“Foi uma decisão difícil quanto à nossa equipa para a Volta a França este ano, mas sentimos que escolhemos os oito ciclistas mais bem preparados para cumprirem os nossos objetivos de desempenho”, afirmou o diretor-desportivo da Isael-Premier Tech, Kjell Carlström.
O responsável prosseguiu com as explicações, sem, contudo, referir o nome de Froome, o único ciclista em atividade com vitórias nas três grandes voltas, com os triunfos na Vuelta em 2011 e 2017 e no Giro em 2018.
“O facto de termos tido uma decisão difícil para tomar ao olhar para a nossa longa lista mostra a força e o relevo do nosso grupo de corredores e, infelizmente, não podemos levar todos”, rematou Kjell Carlström.
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