A organização do Troféu Joaquim Agostinho anteviu hoje uma corrida disputada até ao último dia, decidida apenas no alto de Montejunto, ponto final da prova, que se realiza de 11 a 14 de julho.

“Dificilmente saberemos quem é o vencedor antes de terminar a última etapa”, disse Francisco Manuel Fernandes, presidente da comissão organizadora, na apresentação da prova, em Torres Vedras, no distrito de Lisboa.

A 42.ª edição do Grande Prémio Internacional de Torres Vedras/Troféu Joaquim Agostino conta este ano com um pelotão de 132 corredores, maior do que na edição de 2018, oriundos de 22 equipas, de 16 nacionalidades.

Nove são portuguesas e as restantes originárias de África do Sul, Alemanha, Angola, Argentina, Austrália, Canadá, Costa Rica, Espanha, Estados Unidos da América, Guiné Bissau, Holanda, Irlanda, Itália, Paraguai e Rússia.

Os ciclistas vão encontrar um percurso variado, que se inicia, pelo quinto ano consecutivo, com um prólogo de oito quilómetros, no Turcifal, em Torres Vedras, no dia 11 de julho.

No dia seguinte, a primeira etapa em linha terá 156,8 quilómetros, entre São Mamede da Ventosa, em Torres Vedras, e Sobral de Monte Agraço, apresentando um percurso sem grandes dificuldades montanhosas.

A 13 de julho, a segunda etapa começa na Atouguia da Baleia, em Peniche, e termina com o circuito na cidade de Torres Vedras ao cabo de 152,7 quilómetros de constante sobe e desce, que vai selecionar os melhores corredores e proporcionar uma eventual chegada ao ‘sprint’.

A corrida termina com a etapa-rainha, 179,3 quilómetros desde a Foz do Arelho, nas Caldas da Rainha, até ao alto de Montejunto, no Cadaval, no dia 14.

Trata-se da etapa mais longa, com quatro prémios de montanha de primeira e terceira categorias e com os últimos três quilómetros sempre a subir até à meta.

Em 2018, foi ganho pelo português José Neves (W52-FC Porto).

Na apresentação da prova, a Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) lançou uma moeda da sua coleção de “Ídolos do Desporto”, dedicada ao ciclista Joaquim Agostinho.

“A moeda é uma forma de perpetuar a cultura portuguesa com pessoas que deram um contributo decisivo ao país e Joaquim Agostinho foi, sem dúvida, uma dessas pessoas e merecia esta homenagem”, salientou Dora Moita, da administração da INCM.

A prova homenageia o antigo corredor português Joaquim Agostinho, que era natural de Torres Vedras, cuja morte se deu há 35 anos, após uma queda durante a Volta ao Algarve.

Joaquim Agostinho chegou a estar inscrito na edição de 1984 do troféu, mas veio a falecer antes de a correr.

O ciclista venceu por três vezes a Volta a Portugal, entre 1970 e 1972, foi segundo na Volta à Espanha em 1974 e terceiro na Volta à França em 1978 e 1979.