O ciclista espanhol Alejandro Valverde (Movistar) venceu hoje a dura 17.ª etapa da Volta a França, enquanto Bradley Wiggins (Sky) mostrou poder e praticamente garantiu o triunfo final no Tour.
Os montanhosos 143,5 quilómetros entre Bagnéres-de-Luchon e Payragudes foram cumpridos por um já muito desgastado Valverde, em longa fuga, ajudado pelo companheiro de equipa Rui Costa que fez “mossa” na subida a Port de Balès, em 4:12.11 horas, à média de 34,1 km/hora.
«Há muito que espero esta vitória. Trabalho há dois anos para o conseguir. Dei tudo o que tinha dentro. Sempre no máximo. Cheguei ao final. Foi alegria tremenda perceber que ganhei. Algo inexplicável», contou.
Atrás do espanhol, Chris Froome (Sky) rebocou o líder Bradley Wiggins até à meta, assegurando o segundo e terceiro lugares da tirada, respetivamente, a 19 segundos de Valverde.
Por duas vezes, Froome pareceu ir atrás de Valverde, mas acabou por ficar “preso” à fidelidade ao seu chefe de fila, que está 2.05 minutos à sua frente na geral – ficará a dúvida até que ponto poderia, noutra equipa, discutir o triunfo final no Tour.
Apesar de todo o trabalho da Liquigas, o italiano Vincenzo Nibali não só não atacou na última oportunidade de montanha para o fazer, como perdeu tempo para os seus rivais da Sky.
Nibali ficou agora a 2.41 minutos de Wiggins, especialista em contrarrelógio, pelo que terá hipotecado de vez o sonho do triunfo final, além de ter ficado mais distante do segundo posto de Froome.
Cadel Evans foi apenas 18.º, a 2.10 do vencedor, e com isso caiu do quarto para o sexto posto.
Rui Costa, que comandou a prova com Valverde até o seu chefe de fila se destacar a 35,5 km da meta, ficou em 32.º a 6.55 minutos, subindo um lugar na geral para o 18.º a 29.23.
Sérgio Paulinho (Saxo Bank) foi 47.º a 15.02 e ocupa o 52.º posto na geral, a 1:40.01 horas de Wiggins.
Na sexta-feira, os ciclistas vão percorrer 222,5 quilómetros entre Blagnac e Brive-la-Gaillarde, uma etapa claramente à “medida” dos “sprinters”.
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