O jogo no pavilhão da Luz colocou frente a frente duas equipas que estão “cansadas” de jogar entre si e por isso mesmo não têm qualquer segredo. Desta forma, num jogo entre duas formações que se equivalem dentro de campo, o encontro acaba por ser resolvido nos detalhes como tantas vezes é enunciado pelos treinadores das duas formações.

O início ficou marcado por um jogo dividido, em bom ritmo, com as oportunidades a surgirem de parte a parte. Marcelinho deu o primeiro aviso ao atirar por cima de Bebé logo aos 2’ do encontro. Uma perda de bola de Ricardinho aos 4’ deu origem a mais um lance de perigo da equipa do Restelo. Em contra-ataque, Marcelinho recebeu um passe de Sidney, ao segundo poste, mas o chapéu que tentou fazer foi travado da melhor forma pelo guarda-redes do Benfica.

Os encarnados desenvolviam jogadas rápidas de ataque mas não conseguiam criar grande perigo, algo que mudou com a entrada de Joel Queirós. O pivot avisou aos 6’, após um forte remate, a que o guarda-redes Marcão se opôs da melhor forma, e no minuto seguinte fez o primeiro golo da partida. Davi desmarcou o seu colega um “delicioso” passe de calcanhar e Joel concluiu com êxito a jogada, colocando a bola no fundo das redes de Marcão.

O Belenenses sentiu o golo e demorou a reagir. Então, o treinador dos azuis do Restelo pediu um time-out, o que acabou por resultar, uma vez que os seus jogadores começaram a abeirar-se com maior perigo da baliza defendida por Bebé. O que também contribuiu para a mudança do rumo do jogo foram as cinco faltas acumuladas pelo Benfica, que obrigavam os “pupilos” de André Lima a defender de forma mais cautelosa.

Depois de ter falhado um livre de 10 metros, Pedro Cary redimiu-se a dois minutos do fim da primeira parte ao apontar o golo do empate. O ala rematou em esforço, encostado sobre a esquerda, e desfeiteou o guardião encarnado. Nesta altura o Belenenses podia ter dado a volta ao marcador, mas Pedro Cary voltou a falhar na cobrança de novo livre de 10 metros.

O Benfica respondeu a um minuto do fim com um golo de César Paulo que colocou os “encarnados” novamente em vantagem na partida. Ricardinho protagonizou uma jogada individual, ultrapassando vários jogadores adversários, e deixou a bola na esquerda para o pivot brasileiro que deu o melhor seguimento ao lance. Foi com este resultado (2-1) que a partida seguiu para o intervalo.

O Belenenses entrou muito forte no segundo tempo, em busca de anular a desvantagem. Sidney teve nos pés, por duas vezes, a hipótese de empatar o jogo mas não foi feliz. Em contra-ataque respondia o Benfica com César Paulo a ser o símbolo máximo desses lances nos primeiros momentosdo da segunda metade partida.

Após esse início mais conturbado, a equipa de André Lima conseguiu travar os ímpetos adversários e colocar-se por cima da partida, traduzindo isso numa maior quantidade de lances de aperto em que colocava a defensiva do Belenenses.

Joel Queirós aparecia com frequência perante Marcão mas pecava na hora de concretizar, ora por falta de pontaria, ora pelo facto de o guarda-redes do Belenenses se “agigantar” na baliza.

Nem a habitual estratégia de cinco para quatro parecia tirar os azuis do Restelo do “colete de forças” montado pelos jogadores comandados por André Lima. Marcão subia e na falta de soluções era ele o autor dos remates mas Bebé sempre se opôs da melhor maneira.

O jogo resumia-se a um Benfica demasiado perdulário e a um Belenenses defensivo. Situação essa que sofreu alterações nos últimos minutos mas sem consequências  práticas nem para o jogo, nem para o resultado.

Ainda houve tempo para mais um golo do Benfica a 2’ do fim do encontro, com Ricardinho a fechar a contagem em 3-1 e a deixar a sua marca no jogo.

As duas equipas voltam a defrontar-se no próximo fim-de-semana, desta feita no pavilhão Acácio Rosa, para o segundo jogo das meias-finais do play-off.