No Pavilhão Multiusos de Viseu assistiu-se a uma partida bem jogada, de parada e resposta e, sobretudo, equilibrada.

A selecção orientada por Orlando Duarte deu uma boa resposta à má segunda parte que ontem havia feito.
Portugal entrou forte no primeiro tempo, circulando bem a bola e criando oportunidades para finalizar. A mais flagrante ocorreu aos 3 minutos através de Arnaldo. O capitão da selecção nacional, junto à linha de golo, não conseguiu desviar a bola para dentro da baliza. Valeu a intervenção de um jogador brasileiro.

No entanto, o Brasil, a partir do minuto quatro começou a apertar o cerco à área portuguesa. Três cantos semearam o "pânico". Num deles, Wilde, no coração da área, rematou de pronto para grande defesa de João Benedito.

O Brasil conseguia aos poucos inverter a tendência de jogo registada nos primeiros minutos. Tanto assim foi, que acabou por se colocar em vantagem pouco tempo depois. Vinicius, ao minuto cinco, dentro da área, driblou um adversário e rematou para o fundo da baliza, inaugurando o marcador.

A equipa portuguesa foi tentando estar novamente por cima da partida, mas por vezes saía para o ataque de forma displicente, não conseguindo incomodar o guardião Cidão.

A dois minutos do fim da primeira parte, Portugal chega ao empate através de um lance a dois toques. João Benedito coloca a bola na área contrária, onde apareceu Leitão que, de cabeça, apontou o primeiro golo da selecção nacional na partida.

O segundo tempo foi marcado por um jogo mais vivo, de ritmo mais elevado.

No entanto, ao minuto sete, na sequência de um lance no meio-campo brasileiro, João Benedito protestou com o árbitro. Apesar de ser um jogo particular, o juiz da partida quis ser rigoroso e mostrou-lhe um cartão amarelo, esqueceu-se foi que este era o segundo e demorou algum tempo até se aperceber que teria então de mostrar o vermelho ao jogador.

Portugal passou a jogar com menos um durante dois minutos. Apesar deste contratempo soube fechar-se bem e não sofreu qualquer golo nesses instantes.

O problema é que o Brasil, em pequenos detalhes, acabou por resolver uma partida que, até então, podia cair para qualquer um dos lados.

A cinco minutos do fim, Ari recebe um passe de Vinicius na direita e, perante Bebé, "pica" subtilmente a bola, fazendo assim o segundo golos dos brasileiros.

Orlando Duarte mandou entrar de pronto Israel para guarda-redes avançado, quando Portugal atacava. Esse esquema táctico permitiu que o cinco nacional criasse algum perigo junto da área brasileira. No entanto, foi o Brasil que voltou a marcar.

Pedro Costa, a um minuto do fim, fez um mau passe. A bola foi recuperada por Ciço que do meio-campo, estando Israel fora da baliza, rematou e apontou o terceiro golo dos canarinhos.

Foi com este resultado que a partida chegou ao fim. Apesar de nova derrota, Portugal sai de Viseu com a nítida ideia que hoje não foi inferior à selecção campeã do mundo.