Numa carta enviada às redações, David Parente, ex-jogador do Operário, reclamou estar inocente e pediu para que o processo seja reaberto.

Leia a carta enviada pelo atleta de 25 anos:

«Caros, colegas e amigos,

É com grande indignação, angústia e tristeza que me dirijo a todos vós; no intuito de repor a verdade e na procura da mais elementar justiça! A meio da nossa época desportiva 2011/2012 transferi-me para o Clube Operário Desportivo, na 1.ª Divisão Nacional.

Em Abril fui acometido de doença respiratória grave, apresentando um quadro de febres recorrentes e elevadas.

Nessa altura o Presidente Gilberto Branquinho, deslocou-se à habitação onde eu residia e entregou-me dois tipos de antibióticos (cujo nome não fixei, pois inclusive não vinham sequer em embalagens); os quais não produziram qualquer efeito nem eu apresentava um quadro de melhoras.

Tomamos então a decisão (e com o meu acordo) em dirigirmo-nos ao Centro de Saúde da Lagoa (Açores), tendo sido nessa data acompanhado pelo director desportivo Bruno Branquinho.

Aí o médico prescreveu medicamentos e em acto contínuo dirigimo-nos a uma farmácia; tendo o Senhor director desportivo Bruno Branquinho levantado os medicamentos prescritos.

Apercebi-me que se tratava de substância injectável, tendo nos dias posteriores o médico do clube se deslocado ao local onde residia para ministrar 3 injecções com intervalos de 12h. A verdade é que efectivamente notei melhorias rápidas e eficazes.

A história acabaria bem se efectivamente terminasse aqui e não fosse eu mais tarde confrontado com uma condenação em suspensão por dopping.

Note-se, não só nem tive sequer conhecimento da existência e do correr de tal processo na Associação de Ponta Delgada, como ao arrepio de qualquer Estado de Direito, nem sequer tive oportunidade de apresentar a minha defesa.

Na verdade já não me encontrando a residir no arquipélago dos Açores o Clube Operário Desportivo ao receber as notificações de tal processo, não só não me deu conhecimento das mesmas como também não assumiu sequer uma posição em defesa dos meus interesses.

Pergunto amigos e colegas, não terá um cidadão, um jogador, um qualquer indivíduo que pertença a um Estado de Direito, Direito de Defesa?

Fui confrontado com uma decisão num processo que desconhecia sequer existir! Fui confrontado com uma situação de injustiça, provavelmente até fruto da minha ingenuidade e por causa da confiança que tenho por hábito depositar nos meus pares!

Ajudem-me! Peço apenas justiça! Ouçam-me!

Tento que o processo seja reaberto junto da FPF»