A revalidação do título de campeão do mundo de futsal é o único pensamento da seleção portuguesa e do ala Pany Varela, que só "olha para o topo" em busca de repetir o feito de 2021, na Lituânia.
Em entrevista à agência Lusa, o jogador do Sporting, de 35 anos, mostrou-se esperançado em estar presente na lista de convocados do selecionador Jorge Braz para representar Portugal, entre 14 de setembro e 06 de outubro, no Uzbequistão, que vai acolher a 10.ª edição do Mundial da modalidade.
“Primeiro, sem falsas modéstias, espero ter feito o suficiente para estar na lista dos convocados. Saindo a lista, lá está, vou-me preparar bem para quando chegar a competição conseguir desfrutar dela o melhor possível e procurar trazer o melhor resultado possível”, declarou o ala internacional português em 92 ocasiões.
E apontou: “Não podemos ambicionar nada menos do que o título. Junto com toda a equipa, é ir à procura do melhor resultado possível, que é nada menos do que olhar para o topo”.
Atualmente, Pany Varela é o melhor jogador do mundo da modalidade, uma distinção “justa”, atribuída pelo portal Futsal Planet em 2022 e que foi abordada pelo jogador dos ‘leões’.
“Honestamente, já não estava à espera, porque houve aqui um vazio de algum tempo. Eu considero justo, sim. Em 2022 era entre mim e o [Alex] Merlin [colega de equipa no Sporting]. Teria que ficar aqui em casa, no Sporting. É a minha opinião. Chegando tarde ou cedo, as boas notícias chegam sempre a horas”, defendeu.
Apesar de “feliz, orgulhoso e satisfeito”, Pany lamentou que o galardão tenha sido entregue apenas há um mês, mas destacou o “trabalho bem feito no campeonato português e a representar um clube como o Sporting”.
Aos 35 anos de idade, o ala luso não pensa em retirar-se da modalidade tão cedo e deu conta que será o corpo a indicar-lhe o tempo de terminar.
“Lá está, a minha tarefa diária é fazer com que não se note que tenho 35 anos para continuar a fazer aquilo que eu gosto da melhor forma possível e o máximo de tempo possível. O meu corpo é que vai dizer isso por mim e, enquanto tiver prazer pelo treino e o meu corpo o permitir, eu vou querer estar ao nível que estou”, explicou.
Por fim, confessou que um dia mais tarde poderá vir a ter o “bicho” de abraçar um projeto como treinador principal, mas de escalões mais jovens.
“Não direi que não, porque depois de parar posso vir a ter esse bicho. Gosto da ideia de trabalhar com crianças. Trabalhar com seniores, desculpa a expressão, meio malucos como eu, parabéns a quem o faz diariamente e a quem consegue tirar rendimento de cabeças tão complicadas como as dos atletas. Se tiver de escolher hoje, optaria por trabalhar com crianças”, terminou.
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