Ricardinho foi distinguido como o melhor jogador do Mundial de futsal de 2021, que Portugal conquistou hoje pela primeira vez, ao vencer na final a Argentina, por 2-1, em Kaunas, na Lituânia.

"É incrível este feito. Mostrámos que, além de sermos campeões da Europa, queríamos mais. Queríamos uma medalha, como dissemos desde o princípio, mas, quando conseguimos chegar à final, fomos uns guerreiros incríveis. Fomos uma família de 17 jogadores, mas foram 11 milhões a empurrar-nos e sentimos que podíamos ser os melhores. Espero que estejam orgulhosos de nós, porque nós somos orgulhosamente portugueses e vamos levar o futsal ainda mais acima", disse o capitão português, em declarações reproduzidas no jornal Record.

"Tenho pena de só ter conseguido uma [taça de Mundial]. Na Colômbia, sentimos o amargo de não termos conseguido nenhuma medalha e, agora, queríamos sentir o doce. Estamos de parabéns. Vamos dar ainda mais alegrias a toda a gente", acrescentou.

O ala, de 36 anos, foi igualmente considerado o melhor nos Europeus de 2007 e 2018, e na carreira foi distinguido seis vezes como o melhor jogador de futsal do mundo, em 2010, 2014, 2015, 2016, 2017 e 2018.

O português lembrou também a grave lesão que quase colocou em risco a sua presença no Mundial.

"No meu caso pessoal, foi uma batalha brutal e individual. Há seis meses, estava numa cama de hospital, a sofrer a minha pior lesão de sempre, uma cirurgia brutal. Já chorei tudo, já não saem mais lágrimas. Seis meses depois, levantar juntamente com estes grandes campeões a taça do mundo é brutal."