Andrew Wilson, de 29 anos, é o líder, mas lutou até ao final para se colocar em vantagem sobre o compatriota Penge, de 25 anos. No final da terceira volta apenas uma pancada separa os dois britânicos, que habitualmente competem no Challenge Tour.

Enquanto Wilson protagonizou a sua melhor exibição no percurso de Royal Óbidos, desenhado pelo espanhol Seve Ballesteros, com uma terceira ronda pautada por sete ‘birdies’ (uma abaixo) e isenta de ‘bogeys’ (uma acima), para um agregado de 201 pancadas (-12), Marco Penge manteve uma performance consistente, ficando à distância mínima do líder.

“Nos primeiros nove buracos acho que é preciso ser paciente e tentar fazer o par. Nos segundos nove há mais oportunidades. Mesmo havendo três buracos de par 5 no ‘front nine’, sinto que consigo fazer melhor resultado no ‘back nine’. É ser paciente e tentar aproveitar as oportunidades quando surgem”, explicou Wilson, após a sua primeira volta ‘bogey free’ do ano.

Já entre os três portugueses que passaram na sexta-feira o ‘cut’, Ricardo Melo Gouveia foi quem melhor lidou com as condições climatéricas mais instáveis e com o campo mais pesado da chuva que havia caído durante a noite.

O profissional português do Challenge Tour fez o seu melhor resultado da semana, apesar de uma exibição mais irregular, e, graças a uma terceira volta de 69 pancadas, com cinco ‘birdies’, quatro ‘bogeys’ e um ‘eagle’ (duas abaixo), ascendeu ao 35.º lugar no 'leaderboard'.

“Foi um dia positivo. Acho que o resultado foi bom, as condições hoje estavam mais complicadas, um bocadinho de mais vento e as bandeiras também um bocadinho mais difíceis. Portanto, saio contente com a volta de hoje”, afirmou Melo Gouveia.

Enquanto o número 21 na ‘Road to Maiorca’ pretende melhorar alguns aspetos do jogo para domingo subir ao ‘top-10’, num dia que antevê que será “necessário mais paciência”, Ricardo Santos ambiciona bater o recorde do campo, fixado nas nove pancadas abaixo.

O algarvio diz estar a bater bem na bola e a sentir-se bem, faltando apenas afinar o ‘putt’ para melhorar os 70 ‘shots’ registados hoje e que lhe permitiram subir ao 46.º lugar, entre os 75 jogadores em prova.

“Joguei muito bem do ‘tee’ ao ‘green’. Foi o meu melhor dia, o mais sólido, mas nos ‘greens’ voltei a não estar bem, com exceção nos últimos dois buracos, onde consegui concretizar dois ‘putts’ para ‘birdie’. Amanhã [domingo] quero fazer o melhor resultado possível, gostava de bater o recorde do campo. Sei que vai ser complicado, vão estar condições pouco agradáveis, mas de qualquer forma vou tentar”, garantiu o profissional, após assinar hoje cinco ‘birdies’ e quatro ‘bogeys’.

Ricardo Santos, membro do DP World Tour, soma 212 pancadas (73+69+70) à partida para a derradeira volta, ao passo que Tomás Bessa, líder ao final da ronda inaugural do Open de Portugal, com 63 ‘shots’, continua a não encontrar as boas sensações.

O profissional de Paredes voltou a igualar as 76 pancadas de sexta-feira, depois de começar com um ‘triplo-bogey’ (três acima) e fechar com um ‘duplo-bogey’, intervalados por quatro ‘birdies’ e três ‘bogeys’, e acabou por descer à 62.ª posição.

“Não foi um dia bom do início ao fim. A meio ainda dei alguns bons ‘shots’, recuperei alguma confiança, consegui fazer alguns ‘birdies’, mas não foi o meu melhor dia e paguei caro algumas decisões mais arriscadas. Senti que tinha de ir um pouco atrás do resultado para subir um pouco na classificação e paguei por esses erros mais forçados. Amanhã [domingo] tenho mais um dia para provar o meu valor”, contou Bessa.

O Open de Portugal termina no domingo com a consagração do novo campeão e sucessor do francês Pierre Pineau, vencedor em 2022 também no Royal Óbidos Golf Resort.