O português Ricardo Melo Gouveia reiterou hoje a vontade de vencer a Grande Final do ‘Challenge tour’ de golfe, prova que decorre em Omã e na qual segue na segunda posição, após a primeira volta.

“Estou a visar o topo da classificação. O meu objetivo é ganhar o evento. Hoje olhei várias vezes para o ‘leaderboard’ para saber onde estava e quis manter-me perto da liderança”, afirmou Melo Gouveia, em declarações à assessoria de imprensa da Federação Portuguesa de Golfe.

Ricardo Melo Gouveia, que partiu para o torneio na condição de líder do ‘ranking’ do ‘Challange Tour’, a segunda divisão do golfe profissional europeu, considerou que a prova, que decorre até sábado, “vai ser uma batalha até ao fim”.

Na volta de hoje, Melo Gouveia marcou 67 pancadas (cinco abaixo do par), mais uma do que o dinamarquês Joachim Hansen, que lidera a prova, dotada de prémios monetários de 375.000 euros.

“Estou muito contente com a volta de hoje. O Pro-Am de ontem [terça-feira] não me tinha corrido de feição, não estava muito confiante a bater na bola, mas hoje consegui recuperar a confiança com bons ‘shots’ e alguns bons putts”, disse.

Ricardo Melo Gouveia, que se pode tornar no primeiro português a vencer a ordem de mérito de um circuito internacional de golfe, considerou que o vento foi determinante na sua prestação de hoje.

“O dia de hoje esteve quase sem vento, o que não é natural aqui e sabia que os resultados iriam ser baixos por causa disso. Por isso, para conseguir estar lá em cima [da classificação], teria de fazer uma boa volta e foi isso que fiz, foi bom”, disse, admitindo que os próximos dias podem ser mais ventosos.

O golfista algarvio, que em 2015 venceu um torneio e somou mais 10 classificações no ‘top 10’, garantiu estar bastante confiante para a prova, que está a ser disputada em Mascate.

“Esta confiança começou no ano passado quando ganhei em Roma e depois continuei a jogar bem durante o resto da época. Claro que ajudou ter começado bem esta época. Foram essas exibições que criaram as fundações dessa confiança e que levam á consistência que tenho vivido este ano”.

Já com o cartão para o European Tour de 2016 assegurado, o golfista português chegou a Omã com prémios totais de 157.592 euros, à frente do francês Sebastien Gros (153.612) e do espanhol Borja Virto Astudillo (135.612), segundo e terceiro do 'ranking', respetivamente.

Os mais diretos perseguidores do português na corrida pela liderança do ‘ranking’ tiveram prestações menos positivas: o francês Sebastien Gros segue no sexto posto, com 69 pancadas, enquanto o espanhol Borja Virto Astudillo ocupa o 22.º lugar com 71 ’shots’.

A Grande Final, que distribui prémios de 375.000 euros, é um torneio sem ‘cut’, que junta os 45 golfistas mais bem classificados na Road to Omã, o campeonato anual do Challenge Tour.