O inglês Marco Penge conquistou no domingo o seu primeiro título no Challenge Tour, ao vencer o Open de Portugal em golfe com 16 pancadas abaixo do Par, competição em que Tomás Bessa foi o melhor português.

O jovem Penge, de 25 anos, partiu para a última volta na segunda posição, logo atrás do compatriota Andrew Wilson, mas foi um dos 75 jogadores em prova que melhor lidou com as condições climatéricas adversas. Entregou um último cartão com duas abaixo do Par, resultado só superado por outros três golfistas, e arrecadou o troféu e o prémio de 40 mil euros.

“É a minha segunda vitória como profissional, mas a primeira foi na terceira divisão em Inglaterra, por isso, ganhar um torneio do Challenge Tour é a minha maior conquista. É incrível, nem sei que dizer, sinto-me realizado”, avançou o novo campeão do Open de Portugal, após totalizar 272 pancadas (65+68+69+70) no traçado do Royal Óbidos Golf Resort.

O profissional britânico não começou da melhor maneira e, ao fim de três buracos, registou um ‘bogey’ (uma acima). Reagiu com dois ‘birdies’ (uma abaixo) a fechar os primeiros nove buracos e, mantendo uma performance sólida, tal como nas três voltas anteriores, agarrou-se ao resultado, assinando mais dois ‘birdies’ e um ‘bogey’ no ‘back nine’, enquanto Andrew Wilson protagonizava a sua pior exibição da semana.

Apesar da luta renhida ao longo do dia, da chuva e do vento forte, Marco Penge, que colocou a bola na água no último buraco, mas conseguiu, ainda assim, salvar o par, venceu o título português do Challenge Tour com uma margem confortável de quatro ‘shots’ de vantagem sobre o norte-americano Julian Suri e o italiano Lorenzo Scalize, segundos classificados.

Graças à vitória, Penge vai deixar a 61.ª posição da ‘Road to Maiorca’ e ascender ao 19.º lugar, que dá acesso à Challenge Tour Grand Final, em Maiorca, Espanha, onde poderá conquistar o passe para o DP World Tour em 2024.

Entre os portugueses, Tomás Bessa, que liderou a prova ao final do primeiro dia com um resultado histórico de 63 pancadas (-9), foi o melhor na despedida do Open. Fez o par do campo para um agregado de 287 ‘shots’ (63+76+76+72), num dia em que a prova foi suspensa cerca de 15 minutos devido ao mau tempo.

“Foi uma boa volta. Fiz alguns erros agora no fim, mas foi um bocadinho de cansaço emocional. Foi um dia muito duro, estava muito vento, foi preciso fazer muitas adaptações, ao vento e à chuva, e é um sabor amargo acabar com um ‘bogey’ no último buraco, depois de outro no buraco 15. Mas acaba por ser uma boa volta”, defendeu o profissional de Paredes, garantindo sair com “um bocadinho mais de alento e confiança” da região oeste.

Na mesma 47.ª posição no ‘leaderboard’ terminou Ricardo Santos, jogador do DP World Tour, que esta semana competiu no Challenge Tour para preparar a reta da final da temporada e totalizou as mesmas 287 pancadas (73+69+70+75) de Bessa, graças a um bom nível de jogo, como garantiu.

“Falhei dois ‘shots’, num dia como o de hoje. Voltei a jogar muito bem, apenas falhei um ‘shot’ no buraco 14 e no 9, de resto, estive a maior parte das vezes a patar para ‘birdie’ e voltei a não conseguir meter nenhum ‘putt’. Aliás, não fiz nenhum ‘birdie’, fiz um ‘duplo-boegey’ e um ‘bogey’ para terminar”, explicou o algarvio.

Já Ricardo Melo Gouveia, de 32 anos, não viveu a sua melhor jornada esta semana e, depois de uma derradeira volta com 79 pancadas (+7), desceu ao 60.º lugar da classificação com um agregado de 290 ‘shots’ (70+72+69+79), caindo uma posição na ‘Road to Maiorca’ para o 22.º lugar.

“Estava muito difícil desde início. Apanhámos logo um vendaval enorme, que fez parar a volta durante um bocadinho, depois melhorou, mas sempre muito vento e tive dificuldade em adaptar-me a essas condições. Foi uma volta menos boa, com as condições adversas, fez com que o resultado fosse um bocadinho pior, mas há algumas coisas que quero melhorar [parte mental] nos próximos torneios para alcançar os meus objetivos”, comentou Melo Gouveia, que luta para voltar a jogar no DP World Tour.