O português Ricardo Melo Gouveia fechou a segunda volta no ‘top 10’ do Portugal Masters em golfe, que se disputa até domingo no Dom Pedro Victoria Golf Club, num dia em que Ricardo Santos também passou o ‘cut'.
O profissional da Quinta do Lago, que partiu para a segunda volta do buraco 10, chegou a liderar o evento português do European Tour, dotado de dois milhões de euros em prémios, até ao último buraco, quando cometeu um ‘triplo bogey' (três pancadas acima do par) e entregou o cartão com 66 pancadas (-5) para um agregado de 133 pancadas (-9).
“Joguei bastante bem e não sei que aconteceu no último buraco, talvez desconcentração. Dei um bom ‘drive' e no segundo ‘shot', embora soubesse onde tinha de colocar a bola e de ter escolhido um ferro 9 mais controlado, falhei completamente. A bola até ficou numa boa posição, mas acabei por passar por baixo e a partir daí desconcentrei-me um bocadinho. Mas, no geral, joguei bastante bem", descreveu Melo Gouveia.
Depois de registar nove ‘birdies' (13, 15, 17, 18, 1, 2, 3, 5, 6), um ‘bogey' no buraco 14 e o ‘triplo bogey' no buraco 9 (o seu 18.º), o algarvio partilha a oitava posição, a três ‘shots' dos líderes Oliver Fisher, Lucas Herbert e Eddie Pepperell, todos com 130 pancadas (-12).
“Estava um bocadinho nervoso, mas consegui gerir esse nervosismo até ao 18, onde cometi aquele lapso... foi pena. Estava bastante concentrado e a certa altura já não sabia a quantas estava. O que aconteceu no buraco 18 foi uma boa lição", confessou, defendendo estar, ainda assim, "numa posição boa para, com dois bons resultados no fim de semana, fazer melhor que em 2017”.
Há um ano, Melo Gouveia terminou no quinto lugar, empatado com José-Filipe Lima, e alcançou a melhor classificação de sempre de um português no Portugal Masters.
Nesta 12.ª edição, além de ambicionar melhorar o resultado no evento nacional, pretende subir da 132.ª posição ao ‘top 100’ da ‘Race to Dubai' e assim garantir o cartão do European Tour para a próxima temporada.
Já Ricardo Santos, o segundo dos 11 portugueses em prova a passar o ‘cut', fixado nas três pancadas abaixo do par, protagonizou uma exibição mais tranquila, traduzida em dois ‘birdies' (12 e 15) e um ‘eagle' no buraco 10, para uma segunda ronda em 67 ‘shots' e um agregado de 138 pancadas (-4).
“Hoje, foi bem melhor, apesar de ter começado de forma um pouco tremida. Melhorei o ‘tee-shot' e tive mais oportunidades de ‘birdie', conseguindo fazer quatro pancadas abaixo nos segundos nove buracos", relatou.
O profissional do Guardian Bom Sucesso não tem vivido uma temporada fácil no Challenge Tour, sobretudo depois de falhar o ‘cut' em cinco dos últimos seis torneios e de ter sido desqualificado no outro, mas acredita que recolherá benefícios da exibição de hoje.
“Os últimos meses não têm corrido bem, mas esta volta foi muito positiva para recuperar os meus níveis de confiança, sobretudo no ‘tee'”, confessou Ricardo Santos, prometendo "lutar para, se possível, bater o 16.º lugar" alcançado no Portugal Masters em 2012, numa edição conquistada por Shane Lowry.
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