O avançado Hélder Nunes disse hoje que "Portugal quer muito ser campeão do mundo" de hóquei em patins e conquistar, em Vilanova, em Espanha, "um título que foge há já algum tempo".
Hélder Nunes, recente reforço do FC Barcelona, está consciente das dificuldades que se deparam numa prova com as características de um campeonato do mundo, que prevê "complicado", em que o fosso de nível entre os participantes tem sido encurtado.
"Um Mundial é sempre complicado. Mas vamos fazer o nosso caminho jogo a jogo, pensar primeiro na Colômbia, depois na Argentina e no Chile, e dai em diante sempre com o pensamento na vitória", disse à agência Lusa Hélder Nunes.
O último título conquistado por Portugal, que soma 15, menos dois do que a campeã em título Espanha, remonta a 2003, na prova que decorreu em Oliveira de Azeméis, mas o jogador entende que é chegada a hora de quebrar a malapata das finais perdidas.
"Queremos muito ser campeões do mundo, que é um título que já foge a Portugal há algum tempo", disse Hélder Nunes, sem conseguir precisar o motivo do longo jejum de títulos, pois "se se soubesse a razão já se teria retificado e conquistado o troféu".
O jogador entende que "o trabalho é a chave de tudo" e a Espanha, que soma seis títulos nas últimas sete edições, e a Argentina, que quebrou a hegemonia espanhola em 2015, "têm trabalhado muito bem".
"Felizmente, acho que Portugal está a evoluir, e aos olhos de toda a gente, e estamos no bom caminho para conquistar o campeonato do mundo", disse Hélder Nunes, que falava antes do início do treino de habituação à pista do pavilhão Isaac Gàlvez.
Hélder Nunes admite que o título está perto, ou nesta edição ou na próxima daqui a dois anos, em Buenos Aires, na Argentina, mas a seleção portuguesa quer erguer o troféu já.
"Pensamos muito no presente e se ganharmos hoje [nesta edição] o futuro fica melhor encaminhado", admitiu o jogador, reconhecendo que a qualidade das seleções intervenientes possa interferir na luta dos crónicos candidatos.
Hélder Nunes recordou, para demonstrar que "todas as seleções estão mais perigosas", que "Angola, há dois anos, em Nanjing, na China, esteve próximo de eliminar a Argentina e a França esteve muito perto de pôr Portugal no Mundial B”.
"Os próprios Chile e Colômbia estão a evoluir cada vez mais e já têm jogadores a jogar na Europa, em campeonato competitivos, o que não é muito habitual. Estamos habituados a argentinos. Mas é bom não só para eles como para o hóquei mundial", disse.
Ainda de acordo com Hélder Nunes, este fenómeno recente é um sinal de que "a qualidade do hóquei em patins está a evoluir" e isso faz com que o nível de exigência aos jogadores seja também maior.
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