As seleções masculina, medalha de prata no campeonato do mundo de hóquei em patins, e feminina, medalha de bronze, regressaram hoje a Portugal desejando melhorar as respetivas marcas nas próximas competições.
Entre familiares e amigos, eram cerca de meia centena de pessoas que esperavam pelos vice-campeões do mundo e pelas vencedoras do ‘bronze’ na zona de chegadas do aeroporto Humberto Delgado em Lisboa.
Quando cruzaram as portas, o hino, embora ‘tímido’, fez-se ouvir. Os atletas e selecionadores foram saindo e indo ao seu encontro.
O selecionador masculino, Renato Garrido, ainda mostrava o desalento de ter perdido a final frente à Argentina.
“Estamos ainda tristes. Foi um jogo de sangue, suor e lágrimas. Onde não nos permitimos perder a concentração do jogo. O árbitro tinha sido o mesmo que nos apitou no europeu contra a Espanha e aconteceu o que aconteceu. Não protegeu os jogadores, nem o espetáculo. Não nos vamos pegar a isso”, afirmou.
Certo é que para Renato Garrido há que contar sempre com a seleção portuguesa, até porque considera que é um grupo “com futuro, que não vira a cara à luta e com muita categoria”.
“Se voltarem novamente a demonstrar esta capacidade de superação e de momentos adversos, que só nós é que sabemos. Começou no aquecimento (antes da final do campeonato do mundo), as provocações começaram aí. Eles foram gigantes”, concluiu.
Para o internacional luso Hélder Rodrigues, que também mostrava um “amargo de boca” pela final perdida, o tempo será agora bom conselheiro.
“São dias difíceis depois de perder uma final do campeonato do mundo. O tempo irá ajudar a digerir. Ainda não tive tempo de ver o jogo todo, vi partes. Sabemos o que fizemos menos bem. Foi pena, porque o jogo estava de feição para o nosso lado. Faltou-nos qualquer coisa. Há que tirar ilações disso para voltarmos mais competentes no futuro. Tínhamos de ser perfeitos nesta final e não o conseguimos ser”, disse.
Visivelmente mais satisfeito estava o selecionador feminino, Hélder Antunes, para quem o terceiro lugar no mundial foi “uma classificação muito honrosa”.
“Acima de tudo, tendo em conta o hóquei bonito que apresentamos e acima de tudo olharmos olhos nos olhos a equipa da casa numa meia-final diz muito do nosso caráter. Mas esta também foi uma forma de nos avaliarmos e sabermos como devemos trabalhar daqui para a frente”, sustentou.
No que toca ao futuro, Hélder Antunes considera que ao hóquei feminino espera um “futuro risonho”, mas não a curto prazo.
“Temos particularidades específicas. Temos algumas dificuldades ao nível da formação. Os clubes já estão, felizmente, a trabalhar de forma mais abrangente. Temos de esperar que estes frutos amadureçam. No entanto, quando começarmos a ganhar não vamos ter ciclos de 20 ou 25 anos sem ganhar. Quando começarmos a ganhar isso será feito de forma regular”, garantiu.
Comentários