Uma equipa de badminton feminino das Ilhas Falkland (Ilhas Malvinas) recebeu autorização para participar nos jogos Pan-Americanos depois da organização ter rejeitado um pedido da Argentina para que a equipa fosse retirada da competição.
As Falklands foram convidadas para participar no Campeonato Pan-Am, em Salvador, no Brasil que começou na passada terça-feira mas há uma semana o consulado da Argentina no Brasil escreveu à Confederação Brasileira de Badminton para protestar contra a participação do território extra-marino britânico.
A Argentina, que não tem equipas presentes no torneio, opôs-se à participação das Falklands com o seu nome e sob a sua bandeira.
Os argentinos reivindicam soberania sobre o arquipelago, denominando-as por "Las Islas Malvinas".
Durante a ditadura militar, o país da América do Sul invadiu e ocupou as ilhas em 1982, antes das Falklands serem libertadas pelas tropas britânicas.
Apesar das objeções argentinas, as Falklands receberam autorização para participar e publicaram imagens e vídeos da sua equipa a competir contra os Estados Unidos.
"Nós repetimos a nossa intenção de não recuar perante estes 'bulies' [agressores]", escreveu a equipa das Falklands no Facebook.
"Temos total apoio da Badminton PanAm, bem como da Federação Mundial de Badminton (BWF)".
As Falklands revelaram ainda que irão apresentar uma queixa conta a Argentina à federação Pan-Americana que será encaminhada para o Comité Olímpico Internacional.
No email enviado à AFP, o secretário geral da Federação Mundial de Badminton Thomas Lund disse que teve conhecimento das comunicação entre "as autoridades governamentais da Argentina e do Brasil em relação à participação da equipa de badminton feminino das Ilhas Falkland".
Mas ele afirmou que os estatutos da BWF proíbem a exclusão de atletas das suas competições por "razões políticas".
A equipa das Falklands publicou uma carta do Ministério dos Assuntos Externos brasileiros que afirmava que a participação da equipa no torneio não negava o apoio do país às reivindicações da Argentina.
Comentários