Portugal vai apresentar-se nos Europeus de canoagem com uma das delegações mais pequenas de sempre, nem por isso menos ambiciosa em relação à conquista de medalhas na Polónia, de quinta-feira a domingo.
“Em ano olímpico e a menos de dois meses de Tóquio2020 o que menos interessa são as medalhas, mas as nossas tripulações são muito ambiciosas pelo que essa tradição de subirmos ao pódio pode muito bem acontecer”, disse à Lusa o presidente da federação, Vítor Félix.
Fernando Pimenta, em K1 1.000, e o quarteto composto por Emanuel Silva, João Ribeiro, Messias Baptista e David Varela em K4 500 são as únicas tripulações olímpicas a competir em Poznan.
“O Pimenta é um vencedor nato e sempre nos habituou aos pódios, que não falha desde o Rio2016. Os homens do K4 têm uma ambição ímpar e têm estado a escassos centésimos das medalhas, que preferimos vê-los alcançar no Japão”, reconhece o dirigente.
Teresa Portela prescindiu dos Europeus para melhor se preparar para o K1 200, enquanto Joana Vasconcelos acabou de chegar do apuramento em K1 500 na Sibéria, “depois de duas taças do mundo e qualificações muito exigentes, além de longas viagens e severos fusos horários”.
“Este é mais um momento competitivo e o resultado, sendo importante, é realmente o que menos interessa. Este é o nosso último ponto de aferição do nosso momento e de como estão os nossos adversários”, exemplificou.
Fora dos objetivos olímpicos lusos, Fernando Pimenta vai competir ainda em K1 5.000, João Ribeiro relembrará o K1 500 e Emanuel Silva e Messias Baptista juntam-se no K2 500.
Vítor Félix assume que a equipa da canoagem está “confiante, mas ainda mais realista” do que nesta mesma altura do ciclo olímpico anterior, sabendo que “todos os detalhes contam para resultados de eleição, que serão privilegiados para Tóquio2020”.
O presidente da Federação Portuguesa de Canoagem destacou ainda as “expectativas” nos desempenhos de Norberto Mourão, em VL2, e Alex Santos, em KL1, atletas que vão estrear a canoagem adapta portuguesa nos Jogos Paralímpicos.
“Estes Europeus são bons para aferirem novamente a sua forma e confirmarem o seu potencial. Quando apontamos para o objetivo de duas medalhas em Tóquio2020, fazemo-lo entre Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Acreditamos que podemos ter pódios em ambos os eventos”, realça.
A falta de sistema automático de aterragem no aeroporto do Porto provocou na segunda-feira cancelamentos e desvios no tráfego aéreo que condicionaram os planos da comitiva lusa, que deveria chegar à hora de jantar a Poznan e apenas o conseguiu fazer já durante a madrugada.
A comitiva é liderada pelo vice-presidente Ricardo Machado, igualmente diretor técnico nacional, acompanhado dos técnicos nacionais Hélio Lucas e Rui Fernandes, bem como Ivo Quendera, da paracanoagem.
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