A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou hoje que as autoridades "não foram consultadas" relativamente à presença de público numa prova de hipismo que decorreu no domingo, em Esposende, na qual foram desrespeitadas algumas normas de prevenção sanitária.
"Confirmei com todos os meus colegas de autoridades de saúde que a prova não pediu nenhum parecer a qualquer autoridade de saúde. Não pediu à DGS, à administração regional do Norte e ao seu departamento de saúde pública, e também não pediu à autoridade de saúde territorialmente competente", afirmou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
Na conferência de imprensa regular de atualização dos números da covid-19 em Portugal, Graça Freitas salientou que a situação será averiguada, tendo em conta que o evento não deveria ter tido público nas bancadas.
"Agora, o caso terá de ser visto noutra sede, para se perceber o que se terá passado, porque não era suposto que a prova tivesse público ou, pelo menos, que tivesse sem que as autoridades de saúde fossem consultadas, uma vez que, nas orientações que existem, não está previsto público nas bancadas neste tipo de provas", concluiu.
As bancadas do Clube Hípico do Norte, em Esposende, estiveram repletas de público no domingo, no decorrer de uma prova de hipismo, sem que fosse respeitado o distanciamento social aconselhado pelas autoridades de saúde nacionais, face à pandemia de covid-19.
Nas imagens da prova era ainda visível que algumas das pessoas presentes não utilizavam máscara.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 924.968 mortos e mais de 29 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.871 pessoas dos 64.596 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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