O canoísta Fernando Pimenta chegou hoje a Portugal com a sensação "orgulho" e "dever cumprido", depois de se sagrar campeão na ‘short race’ de K1 e em K2, com José Ramalho, nos Mundiais de maratona em Vejen, na Dinamarca.

“É muito desgastante quer em termos físicos, quer em termos psicológicos, porque temos que gerir vários dias de competição, vários dias de stress e alguma pressão. Principalmente no Mundial de velocidade, onde estava em discussão o apuramento olímpico e, como é óbvio, não queria falhar. E conseguimos com o título mundial. Foi a cereja no topo de bolo”, começou por explicar Fernando Pimenta à chegada ao aeroporto.

À sua espera estavam dezenas de apoiantes que não perderam a oportunidade para tirar uma fotografia ou abraçar o atleta português, que nos Mundiais de velocidade tinha conquistado o ouro em K1 5000 metros, a prata nos 1000 metros e o bronze nos 500.

“Depois foi recuperar o melhor possível para o outro campeonato do mundo que foi durante a semana seguinte. Em que conseguimos revalidar os dois títulos mundiais conquistados o ano passado. Fico extremamente contente. Era algo que eu ambicionava. No ano passado estive muito perto de conseguir estes feitos, na prova dos 1000 metros perdi para o meu adversário húngaro por umas milésimas. Este ano consegui vencer e consegui fazer algo inédito na canoagem mundial”, lembrou ainda.

Em relação ao que mudou em relação aos outros anos, Fernando Pimenta não tem dúvidas que a experiência pesou.

“A forma como tenho vindo a trabalhar ajudou muito porque conseguimos pensar e agir de uma forma diferente dos anos iniciais. A experiência é o que tenho vindo a adquirir em todas as competições. E depois a força de vontade, a família estar sempre a apoiar, apesar das ausências, que é aquilo que mais me custa, os patrocinadores, o meu treinador, tudo isso faz dar frutos. E os frutos são estas medalhas que trago hoje ao peito”, mostrou.