O judoca Jorge Fonseca, campeão mundial de -100 kg, traça como primeiro objetivo nos Europeus de Praga, a decorrerem entre quinta-feira e sábado, conquistar uma medalha, e salienta que apenas em competição poderá pensar no ouro.

“Trabalho para o ouro, mas só depois, mais à frente, primeiro é combate a combate, e até lá só penso no pódio”, disse à agência Lusa Jorge Fonseca, a poucos dias de tentar a sua primeira medalha em Europeus.

O judoca do Sporting ‘saltou’ etapas e foi logo ao ouro em Mundiais, numa caminhada perfeita em 2019, em Tóquio, que o tornou o primeiro português a conseguir esse título, o segundo mais importante de todos, a seguir aos Jogos Olímpicos.

“Sinto-me bem, tenho trabalhado bastante e penso que estou no meu pico de forma. Era bom chegar a uma medalha depois de tudo o que passei”, acrescentou Jorge Fonseca, após um ano muito diferente em tudo.

O judoca, de 24 anos, foi obrigado a parar em março devido à pandemia da covid-19, mas no final de junho não pôde entrar no arranque dos estágios de seleção, depois de um resultado positivo ao novo coronavírus, e, já em setembro, falhou, por lesão, os primeiros torneios.

“O presidente [da federação] teve a preocupação de os olímpicos participarem no torneio Kiyoshi Kobayashi e no Nacional de seniores e isso foi bom”, disse, acrescentando que os vários estágios realizados desde junho, em Coimbra, têm permitido a todos minimizar o impacto de um ano quase sem competição.

Em Praga, Jorge Fonseca quer manter-se fiel a si próprio, sem qualquer tipo de pressão, que assegura não ter.

“Dantes, preocupava-me muito, mas o título mudou isso. Ainda sinto algum nervosismo, que existe sempre, mas pressão não. Nem em ser primeiro ou segundo classificado, para mim o mais importante continua a ser lutar”, revelou.

Questionado em relação ao que o título mundial lhe deu na hora de subir ao ‘tatami’, Jorge Fonseca relativiza e lembra que o seu estilo de judo sempre foi encarado com algum respeito por parte dos adversários e não é por ser campeão mundial que é mais ou menos temido.

“No judo, sempre fui respeitado, porque sou muito explosivo, aliás, respeitamo-nos mutuamente, também os respeito [aos adversários], estamos ali para conquistar o mesmo”, disse o judoca, que entrará em competição no último dia, dedicado às categorias mais pesadas.

Nos Europeus de judo de Praga, que decorrem entre quinta-feira e sábado, Portugal compete com 16 judocas, Catarina Costa e Raquel Brito (-48 kg), Joana Ramos (-52 kg), Telma Monteiro e Wilsa Gomes (-57 kg), Bárbara Timo e Joana Crisóstomo (-70 kg), Yahima Ramirez (-78 kg) e Rochele Nunes (+78 kg) em femininos, e Rodrigo Lopes (-60 kg), João Crisóstomo e Sergiu Oleinic (-66 kg), João Fernando (-73 kg), Anri Egutidze e João Martinho (-81 kg), e Jorge Fonseca (-100 kg) em masculinos.

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