O português Ricardo Melo Gouveia perdeu hoje algum terreno na corrida pela 59.ª edição do Open de Portugal, ao descer ao 12.º segundo lugar no Royal Óbidos Golf Resort, onde o alemão Marcel Schneider assumiu a liderança.

Num dia de condições climatéricas instáveis e com o vento a soprar, por vezes, com alguma intensidade, Melo Gouveia não foi tão eficaz nos ‘greens’ e somou um total de 209 pancadas (72+66+71) ao final da terceira volta do torneio pontuável para o Challenge Tour e organizado pela Federação Portuguesa de Golfe.

“Entrei muito bem, sólido e podia ter feito o terceiro ‘birdie’ [uma abaixo] no buraco três. Depois fiz um ‘bogey’ [uma acima] no buraco 8 e parece que travou um bocadinho o ritmo da minha volta. Estava a jogar bem, só que não estava a meter os ‘putts’ que ontem [sexta-feira] entraram”, começou por contar o profissional da Quinta do Lago.

Depois de assinar três ‘birdies’ (nos buracos 1, 2 e 7) e uma acima no 8, Melo Gouveia, detentor de cinco títulos do Challenge Tour, dois deles conquistados esta época, assinou um ‘duplo bogey’ (duas acima) no buraco 15, antes de fechar com um ‘birdie’ no 18, e ficou mais distante da luta pelo troféu português.

 “Amanhã [domingo] vou ser um bocadinho mais agressivo, não tenho nada a perder. Sinto que o meu jogo comprido está bom o suficiente para ser mais agressivo. Essa vai ser a minha estratégia”, assumiu Melo Gouveia, segundo classificado na ‘Corrida para Maiorca’.

Ao contrário do membro efetivo do Challenge Tour, Pedro Figueiredo protagonizou hoje a sua melhor exibição, graças à maior eficácia nos ‘greens’, e completou a terceira ronda com 68 pancadas, quatro abaixo do Par, ascendendo ao 18.º lugar do leaderboard, com um total 210 pancadas (70+72+68).

“Com o vento que estava hoje foi uma boa volta. Joguei muito parecido aos dois primeiros dias, mas o ‘putt’ esteve um bocadinho melhor. Aliás, hoje acertei menos ‘greens’ (15), enquanto nos dias anteriores fiz 16. O jogo tem estado muito consistente, estive um bocadinho mais afinado nos ‘greens’, o que permitiu uma volta de menos quatro”, explicou o profissional do European Tour, após anotar quatro ‘birdies’ (1, 3, 9 e 12).

Já Miguel Gaspar, o terceiro dos 15 portugueses que iniciaram o torneio a passar o ‘cut’, encontrou nos ‘greens’ a sua maior dificuldade ao longo da penúltima volta, tendo cumprido o Par do campo para se colocar no 50.º lugar da classificação, com um total de 215 ‘shots’ (70+73+72).

“Comecei a jogar muito bem a partir do buraco 6, mas o ‘putt’ não esteve do meu lado e depois falhei alguns ‘shots’. Meti um ‘putt’ gigante, de 22 metros, foi o momento alto do dia, mas no geral foi o ‘putt’ que me tirou duas ou três pancadas que me dariam jeito amanhã [domingo]”, comentou, no final, o profissional do Belas Clube de Campo.

Pelo terceiro dia consecutivo a liderança do Open de Portugal mudou de mãos e, concluídos os primeiros 54 buracos, é o alemão Marcel Schneider quem parte em vantagem para a última corrida ao título, após assinar o melhor ‘score’ do dia, 65 pancadas, para um total de 199 ‘shots’, menos três que o segundo classificado, o espanhol Alejandro Del Rey.