O Sporting terá feito uma participação disciplinar ao Conselho de Disciplina da Federação de Patinagem de Portugal (FPP), na sequência das agressões sofridas por Miguel Albuquerque, diretor geral das modalidades dos 'leões', e a sua mulher, durante o clássico de hóquei em patins do último sábado, no Dragão Caixa. A participação, indica o jornal A Bola, coloca o recinto portista em risco de interdição.

De acordo com a publicação, a participação do clube de Alvalade, que deu entrada na terça-feira, tem como base três pressupostos: falta de segurança do recinto, falta de segurança na zona reservada ao Sporting, falta de reação imediata das forças de segurança. Neste último ponto, os dirigentes 'leoninos' terão alertado para o facto de os bombeiros terem reagido primeiro do que as forças de segurança.

O jornal A Bola cita o artigo 83.º do Regulamento de Justiça e Disciplina da FPF, que explica o risco de interdição do Dragão Caixa. Diz a alínea c): "Se o distúrbio der causa a que as pessoas referidas na alínea anterior sejam molestadas, mas não levar à interrupção do jogo ou prova, nem originar dificuldades especiais ao seu início, reinício ou prosseguimento, os clubes serão punidos com a pena de interdição do seu campo ou considerado como tal, por um a quatro jogos ou provas e/ou multa de 40% a dois salários mínimos nacionais".

Miguel Albuquerque e a sua esposa foram agredidos em pleno Dragão Caixa "por uma pessoa com a camisola do FC Porto" no final da primeira parte da partida entre as duas equipas, da 20.ª jornada do campeonato nacional de hóquei em patins.

"É inadmissível o que se passou aqui hoje. É incompressível ter sido agredido, é incompressível agredirem senhoras que estavam connosco. A pessoa que fez as agressões está perfeitamente identificada, com uma camisola do FC Porto que tinha o número 13. Vejam as imagens da CCTV e perguntem ao Adelino Caldeira da Silva [administrador da SAD do FC Porto], que rapidamente a colocou fora do pavilhão, se sabia quem era", disse Miguel Albuquerque.

O FC Porto emitiu comunicado a repudiar os acontecimentos e revelou a interdição do acesso do adepto agressor ao Dragão Caixa, bem como o telefonema de Pinto da Costa, presidente dos 'azuis e brancos', a Frederico Varandas.

O episódio levou o presidente do Sporting a afirmar, em conferência de imprensa, a intenção de pedir ao Governo uma audiência urgente para debater os casos de violência no desporto.