Parte da Missão portuguesa que vai participar pela primeira vez nos Jogos do Mediterrâneo, iniciativa que inicia oficialmente sexta-feira, já está na cidade espanhola de Tarragona com o tiro em arco a dar o arranque.

A 18.ª edição dos Jogos do Mediterrâneo, que se se estende até 1 de julho, vai marcar a estreia de uma comitiva portuguesa, sob a égide do Comité Olímpico de Portugal, sendo que os atletas de tiro com arco começam hoje a treinar na vila mediterrânica.

Em declarações à agência Lusa, o chefe de equipa e treinador, José Almeida, admitiu que "as expectativas são boas", mas não quis "criar um volume exagerado de objetivos".

"Os atletas são bastante conhecedores do que conseguem fazer. Não há exigências introduzidas à partida", disse, recusando "dar classificações previstas", mas garantindo: "Sabemos que temos condições para ir longe".

Para o técnico português, que é treinador de dois dos três atletas que compõem a equipa portuguesa - Domingos Vaquinhas e Luís Gonçalves representam, nos Nacionais, o Sintrense, enquanto Jorge Alves é atleta do Sporting - a formação na vertente de equipas é "fundamental para o futuro da modalidade em Portugal".

"Tem outra dinâmica. Há maior comunicação entre os arqueiros e o treinador. Embora eles próprios, como individuais, tenham de fazer o seu trabalho pois o resultado de equipas é o somatório da prestação de cada um", descreveu.

A longevidade dos atletas é outra das características do tiro com arco. "Há arqueiros que vão mantendo pontuações razoáveis já tendo uma certa idade. É o caso do nosso arqueiro mais idoso entre aspas - muitas aspas - a estar nesta posição de topo", disse José Almeida referindo-se a Domingos Vaquinhas, de 49 anos, colega de Jorge Alves (30) e Luís Gonçalves (24).

O primeiro é descrito como "conhecedor da modalidade na parte técnica, física e mental", mas também como alguém que "consegue estar em prova e dominar na grande maioria das vezes o turbilhão de emoções de uma competição".

"É o autodomínio em pessoa", disse José Almeida, que já a Luís Gonçalves atribuiu "a perseverança e a capacidade de trabalho" e a Jorge Alves, atleta que conhece menos, mas até já incentivou mesmo sendo adversário, aponta o ser "uma pessoa calma que domina bem situações de stress".

"Em 95% das provas o pódio [Nacional] girou à volta destes meninos. Acontecendo até algum incentivo da minha parte ao arqueiro adversário, para lhes morder os calcanhares e apertar com eles porque é na competição e no confronto saudável que nós conseguimos evoluir", concluiu José Almeida.

Portugal, que é um dos 26 países participantes na competição, estará representado em Tarragona por 233 atletas, em 29 modalidades.

Na quarta-feira também já treinou a equipa de voleibol, a qual, ao lado do chefe da Missão, Marco Alves, representou Portugal na cerimónia do hastear de bandeiras.

As modalidades de futebol e voleibol também arrancam sexta-feira, estando a cerimónia de abertura agendada para o mesmo dia à noite.

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