Apesar de todos os condicionalismos, o mundo voltou a correr por aqueles que não podem na Wings for Life World Run. Através da APP oficial, foi possível reunir 77,103 participantes individuais, em 104 países dos cinco continentes. Separados pela distância, mas unidos no espírito solidário, juntos conseguiram angariar 2.8 milhões de euros para a investigação da cura das lesões na espinal medula. Vera Nunes, a Campeã Mundial de 2018, correu em Lisboa e venceu a sua categoria.
O desafio que nasceu em 2014 não foi este ano interrompido pelas atuais circunstâncias de saúde pública. Ontem (3 de maio) foi dia de voltar a correr por aqueles que não podem na sétima edição da Wings for Life World Run. Adaptando-se ao momento que se vive, a corrida não foi organizada nos moldes tradicionais. Todos aqueles que quiseram apoiar a investigação, que tem como meta encontrar a cura para as lesões na espinal medula, puderam continuar a fazê-lo individualmente através da APP Wings for Life World Run.
No total, foram 77 103 participantes de 171 nacionalidades, em 104 países dos cinco continentes. Este esforço planetário resultou num apoio financeiro de 2.8 milhões de euros para a investigação da cura das lesões na espinal medula (todo o valor das inscrições reverteu este fim).
Em Portugal continental o “tiro” de partida deu-se precisamente às 12 horas. Vera Nunes, atleta do Sport Lisboa e Benfica que foi Campeã Mundial da Wings for Life World Run em 2018, manteve o seu apoio à causa e correu sozinha em Lisboa um total de 46.73 quilómetros. Uma marca que representou o melhor tempo em Portugal, a vitória na categoria (F40) e o nono lugar do ranking mundial! “Confesso que o calor não ajudou muito, mas foi bom poder continuar a participar desta forma e assim manter o apoio a esta causa”, explicou no final.
Esta corrida marca a diferença pelo facto de não existir uma distância ou meta fixa. Em vez disso os participantes são perseguidos por um Carro Meta virtual que arranca 30 minutos depois da saída do pelotão, aumentando progressivamente a velocidade até alcançar o último corredor. Outra caraterística única reside no facto da corrida decorrer em simultâneo através da internet nas mais variadas localizações, cruzando inúmeros fusos horários. A russa Nina Zarina foi a vencedora global feminina de 2020, com 54.23 Km, enquanto o vencedor masculino foi o britânico Michael Taylor, que correu 69.92 quilómetros.
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