Os comissários de corrida decidiram que Max Verstappen foi o culpado do acidente entre o holandês e Lewis Hamilton, na 30.ª volta do GP de Monza em Fórmula. Os dois colidiram na curva 1 e acabaram por abandonar a prova, ganha por Daniel Ricciardo, da McLaren.
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Logo após o acidente, Lewis Hamilton falou à 'Sky Sports' e deu a sua visão sobre o toque atirou os dois pilotos para fora da corrida.
"Lembro-me que saí do box, vi Daniel (Ricciardo) passar, certifiquei-me em deixar a largura de um carro e fui para a curva 1 na frente, e estava na frente também na curva 2, e de repente ele [Verstappen] estava em cima de mim. Ele simplesmente deveria ter feito o que eu fiz na curva 4 na primeira volta: dei a volta por fora, cedi cedi. Isso é corrida. Ele sabia o que ia acontecer, ele sabia que estava a passar por cima do corretor", disse Hamilton.
O piloto da Mercedes fazia referência ao primeiro toque entre ambos na primeira volta. Hamilton estava ao ataque e, na curva 4, houve um toque com Verstappen. Para evitar uma colisão, o campeão do Mundo cedeu, foi até a chicane, e assim deixou o holandês seguir em frente.
O acidente em slow motion
O acidente só não teve piores consequências para o britânico graças ao halo de proteção. Quando Max Verstappen subiu para cima do corretor, o seu carro deu um salto e caiu em cima do de Hamilton. O impacto da queda foi toda em cima do halo, caso contrário, o carro de Max teria caído em cima da cabeça de Hamilton.
"Ainda estou um pouco rígido e dolorido no pescoço porque o carro dele caiu na minha cabeça, mas vou ficar bem", garantiu o piloto da Mercedes.
Max Verstappen tinha uma visão diferente do acidente.
"Apercebemo-nos que ia ser apertado da curva 1. O Hamilton atravessou a pista depois de sair das boxes e eu tive de ir para a zona verde para não chocar com ele. Fui pelo lado exterior da curva e, claro, ele apercebeu-se de que eu estava a ultrapassá-lo. Por isso continuou a apertar-me. Não esperava que ele continuasse a apertar, a apertar, a apertar, porque ele nem precisava. Mesmo que ele tivesse deixado apenas a largura de um carro, teríamos saído da curva e, honestamente, acho que ele ficaria na minha frente. Mas continuou a empurrar-me cada vez mais e a dada altura não havia para onde ir", disse 'Max' Max à 'Sky Sports'.
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"É provável que as pessoas comecem a falar de Silverstone, mas estas coisas acontecem nas corridas. Não foi agradável, mas creio que somos todos profissionais o suficiente para continuarmos a correr uns com os outros", completou.
Veja ou reveja o momento
Após analisar as imagens do acidente e ouvido os dois pilotos, os comissários de corrida atribuíram as culpas ao holandês. Max Verstappen (Red Bull) foi penalizado com três lugares na grelha de partida da próxima corrida do Mundial de Fórmula 1. O holandês vai cumprir esta penalização no Grande Prémio da Rússia, em Sochi, onde vai ser disputada a próxima corrida, a 15.ª do Mundial.
Depois de ouvidos os dois pilotos, representantes das equipas e revisto o vídeo do acidente, os comissários entenderam que Verstappen foi “o principal responsável” pelo acidente, que aconteceu na volta 26 do Grande Prémio de Itália, vencido pelo australiano Daniel Ricciardo (McLaren).
Na opinião dos comissários, a manobra de ultrapassagem que Verstappen estava a tentar fazer a Hamilton “foi tentada demasiado tarde para o piloto do Carro 33 [Verstappen] ter o direito de espaço de corrida”, lê-se no comunicado.
Os comissários entendem que, “em momento algum”, Verstappen esteve com a posição ganha, estando apenas “atrás da posição do volante” do carro de Hamilton.
“Apesar de o carro 44 [Hamilton] poder ter-se afastado mais do limite da curva para evitar o incidente, os comissários determinaram que a sua posição era razoável e, consequentemente, consideraram que o piloto do Carro 33 foi o principal responsável do incidente”, lê-se ainda no comunicado da Federação Internacional do Automóvel.
Além da perda de três lugares na grelha na próxima corrida, em Sochi, Verstappen foi sancionado, ainda, com a perda de dois pontos na sua superlicença, os primeiros nos últimos 12 meses.
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