O norte-americano Ricky Brabec (Honda) e o catari Nasser Al-Attyiah (Toyota) venceram hoje o prólogo do rali Dakar de todo-o-terreno, em motas e carros, respetivamente.

O norte-americano, vencedor da edição de 2020, foi o mais rápido das duas rodas, gastando 6.01 minutos a cumprir os cerca de 10 quilómetros de percurso, batendo o companheiro de equipa, o espanhol Joan Barreda, por apenas seis segundos, sendo ambos da equipa gerida pelo português Ruben Faria.

O luso-germânico Sebastian Bühler (Hero) foi o quinto mais rápido, a 16 segundos do vencedor.

Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) foi 10.º, a 23 segundos de Brabec, enquanto o transmontano Rui Gonçalves (Sherco) terminou na 20.ª posição, a 35 segundos, nesta que é a sua estreia nas grandes maratonas de todo-o-terreno.

No entanto, para efeitos de classificação geral, as contas a fazer são outras, pois o tempo das motas e dos quads foi multiplicado por quatro. Assim, a Brabec foi atribuído o tempo de 24.04 minutos, tendo uma vantagem de 24 segundos sobre Barreda e 1.04 minutos sobre Sebastian Bühler.

O objetivo da organização era evitar que alguns pilotos perdessem tempo propositadamente para conseguir uma melhor posição de partida para a primeira etapa, que decorrerá no domingo.

Como as motas são as primeiras a sair para a pista, ter marcas no chão beneficia os pilotos que seguem mais atrás, desde que não estejam demasiado recuados no pelotão, de forma a evitarem pilotos mais atrasados, que possam fazer mais pó.

Com este fator de multiplicação por quatro, a organização esperava tornar apetecível que os mais rápidos se esforçassem mais.

"Não havia nada a perder nem a ganhar. Foi o suficiente para tirar o torpor do corpo. Agora, estamos prontos para o início do rali. Vou abrir a pista, juntamente com o Barreda, e esperemos que saia bem", frisou o vencedor das duas rodas.

Nos automóveis, Al-Attyiah foi o mais rápido, com o tempo de 5.48 minutos, exatamente o mesmo do sul-africano Brian Baragwanath (Century), e oito segundos mais rápido do que o árabe Yazeed Al-Rajhi (Toyota).

A vitória foi atribuída ao catari, pois cumpriu o prólogo antes do sul-africano.

"Estivemos bem, mas estou contente por termos conseguido montar o espetáculo. O prólogo é só um aperitivo", frisou Al-Attyiah.

O leiriense Ricardo Porém (Borgward) foi o 17.º mais rápido, a 19 segundos do vencedor. Porém deveria ser navegado pelo irmão Manuel que, no entanto, foi forçado a falhar a prova por motivos profissionais.

Já o espanhol Carlos Sainz (Mini), vencedor em 2020, sofreu um furo pouco antes do início da especial e perdeu já algum tempo, terminando em 28.º, a 36 segundos do vencedor.

Entre os veículos ligeiros, um misto entre moto4 e carro, o vencedor foi o irlandês Kris Meeke, antigo piloto de ralis.

Ao todo, 286 veículos receberam ordem de partida para esta 43.ª edição do rali Dakar, 101 motas, 16 quads, 64 carros, 61 veículos ligeiros e 44 camiões, num total de 546 participantes de 48 países diferentes.

A prova tem partida e chegada em Jeddah, com cerca de oito mil quilómetros de percurso, entre hoje e 15 de janeiro.

No domingo, disputa-se a primeira de 12 etapas, que liga Jeddah a Bisha, num total de 622 quilómetros, 277 deles cronometrados.

O percurso é desenhado entre vales, com alguns cruzamentos a exigirem especial atenção na navegação. A pedra presente em algumas secções da especial pode fazer mossa entre as motas, pois os pilotos têm apenas seis pneus traseiros à disposição para toda a prova.

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