A piloto portuguesa Elisabete Jacinto (MAN) afirmou hoje que parte para sua nona participação no rali Africa Eco Race com aspirações a um lugar no pódio dos camiões e uma boa classificação na geral.

“A meta é chegar ao pódio, sei que não sou candidata, mas vou lutar para ficar nos três primeiros lugares”, afirmou Elisabete Jacinto, na conferência de imprensa de apresentação da 10.ª edição da prova.

A piloto portuguesa, que no ano passado abandonou o Africa Eco Race na segunda etapa devido a um problema mecânico, admitou “estar com saudades da prova”, que este ano, disse, “tem alguns atrativos novos”.

“O número de camiões inscritos é bastante superior do ao ano passado, a prova vai passar em sítios onde já passou, mas que nos últimos anos estiveram fora do percurso, e há duas etapas maratona”, explicou.

Elisabete Jacinto, que elege como principal favorito nos camiões o holandês Gerard de Rooy, considerou que as duas etapas sem assistência podem ser benéficas para si, uma vez que “são indicadas para veículos mais fiáveis”, como o seu.

Na categoria de motos, Portugal estará representado por três pilotos: João Rolo (KTM), Pedro Oliveira e Rui Oliveira, ambos em Yamaha.

João Rolo, que também marcou presença na conferência de imprensa, mostrou-se muito satisfeito com a estreia na prova, que classificou como “uma pequena vingança”.

“Estive inscrito no Lisboa-Dakar 2008, que infelizmente não partiu, no ano passado não consegui ir a esta prova devido a questões de saúde, agora vou e o meu objetivo é chegar a Dacar com a moto inteira”, referiu.

O motard português explicou que vai competir em quatro categorias: geral, veteranos, + 450 cc e malle et moto (sem qualquer tipo de apoio).

Os dados da prova, que começa em 31 de dezembro no Mónaco e termina em 14 de janeiro no Senegal, foram apresentados por José Marques, o navegador de Elisabete Jacinto.

A prova terá 12 etapas, sendo cinco disputadas em Marrocos, seis na Mauritânia e uma no Senegal, e percorrerá um total de 6.100 km, dos quais 3.995 em setores seletivos.

A lista de inscritos, que nos camiões subiu de sete para 14, conta com 38 motos e 45 automóveis.

José Marques destacou como grandes novidades desta edição as duas etapas sem assistência e a passagem da prova pelo Grande Erg Ocidental do Saara, onde não passa desde 2006.

A última etapa, que já não tem influência na classificação final, tem uma distância de 22 quilómetros e disputa-se entre a praia junto a Dakar e o Lago Rosa, na capital da Senegal.