A escuderia Williams do Mundial de Fórmula 1 entrou em lay-off parcial e vai baixar os salários dos gestores e pilotos em 20% de forma a diminuir o impacto económico da pandemia do novo coronavírus, anunciou em comunicado.

"A ROKiT Williams Racing colocou em ‘lay-off’ parcial uma série de trabalhadores, entre uma série de medidas de redução de custos", lê-se.

Além disso, os gestores e os pilotos da equipa, o britânico Georges Russel e o canadiano Nicholas Lafiti, vão sofrer um corte de 20% nos vencimentos até ao final do mês de maio.

"Não são decisões que se tomem de forma ligeira, mas o nosso objetivo é proteger os empregos do nosso pessoal", acrescenta a equipa, no mesmo documento.

Esta é a segunda das dez equipas do Mundial de Fórmula 1 a avançar com cortes salariais, depois de a britânica McLaren ter anunciado cortes similares na quinta-feira passada.

O governo britânico permite às empresas aderir ao lay-off parcial garantindo aos trabalhadores 80% do salário até um valor máximo de 2800 euros por mês.

Até ao momento, a pandemia de covid-19 levou ao cancelamento dos Grandes Prémios da Austrália e do Mónaco e ao adiamento das corridas do Bahrain, China, Vietname, Países Baixos, Espanha e Azerbaijão.

Para já, o Mundial está previsto arrancar a 14 de junho, no Canadá.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.

Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 311 mortes, mais 16 do que na véspera (+5,4%), e 11.730 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 452 em relação a domingo (+4%).